Detentos do presídio de Várzea da Palma, no Norte de Minas, protestam pelo terceiro dia consecutivo para cobrar melhorias na unidade prisional. Nesse sábado (12/3), colchões, roupas e cobertores foram queimados.
Segundo fontes ligadas ao sistema prisional, o maior alvo dos protestos é o governador Romeu Zema (Novo), o que a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) nega. Os detentos cobram o retorno do banho de sol, das visitas e das entregas de kits de alimentação.
Ainda de acordo com essas pessoas, os detentos não agrediram os servidores do presídio. Durante toda a manifestação, os presidiários chegaram a falar, diversas vezes, que os atos não têm relação com os funcionários da prisão.
Procurada, a Polícia Militar em Várzea da Palma informou que o sistema prisional não a acionou para prestar apoio no local. Há protestos na unidade desde essa quinta-feira (10/3).
Em nota, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) informou que policiais “controlaram um movimento de subversão da ordem, por volta das 14h”. Segundo o Depen, “detentos de algumas celas colocaram fogo em pedaços de cobertores e de colchões, e os lançaram nos corredores”.
Ainda de acordo com o departamento, “o princípio de incêndio foi rapidamente controlado pelos policiais penais e ninguém se feriu”. Também não houve danos à estrutura física do local.
A direção do presídio irá instaurar um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias do ocorrido e possíveis motivações.
Os protestos acontecem na esteira da paralisação dos policiais penais, que buscam reajuste de 24%. Todo o setor da segurança pública do Estado articula por esse aumento, prometido por Zema em acordo firmado em 2019.
[Com informações de O TEMPO]