O início do semestre acadêmico da Universidade Estadual de Montes Claros tem como uma das novidades a reabertura do Museu Regional do Norte de Minas para as visitas físicas, com uma programação especial de mostras e exposições sobre a história local e de trabalhos temáticos de artistas da região. O serviço funciona por agendamento e são obedecidos todos os protocolos sanitários, como o uso obrigatório de máscaras e do álcool em gel, além da apresentação dos comprovantes de vacinação contra a COVID-19 e o distanciamento orientado para maior segurança das pessoas.
As novas atrações para março incluem a Mostra Fotográfica “No princípio havia uma igreja: a origem cristã no Serão Norte-Mineiro”, aberta oficialmente nesta semana; a exposição de fotografias “O cenário musical em Montes Claros na primeira metade do Século XX”, programada para o dia 16/3; a primeira sessão em 2022 do Grupo de Leitura no Museu, sobre o livro “O Regresso de Júlia Mann a Paraty”, de Jeolinda Gersão, dia 23/3; e a exposição coletiva virtual “O Grito”, inspirada na obra homônima do pintor norueguês Edvard Munch, com a participação de 41 artistas plásticos – com curadoria da artista plástica Ssara Dinizz – a partir do dia 25/3.
A retomada das visitas acontece diante do avanço do cronograma das campanhas de vacinação contra o Novo Coronavírus, inclusive com o atendimento das crianças e dos adolescentes, que estão entre os perfis de público mais frequentes ao longo dos sete anos de funcionamento do MRNM. Outra observação importante para considerar a retomada está na redução do número dos casos considerados mais graves da doença na cidade.
Sem parar – Durante o período mais crítico da pandemia da COVID-19, o espaço do Museu precisou suspender o atendimento presencial por causa das restrições estabelecidas nos decretos municipais e estaduais. Mas o trabalho se manteve no ambiente virtual, com a divulgação do acervo histórico e cultural de mais de 1,2 mil itens nas mídias sociais do Museu e nos portais e redes sociais da Unimontes, a partir da criatividade da diretoria, historiadores, servidores, estagiários e colaboradores com uma ampla programação de exposições, mostras e divulgações, com destaque para a produção dos artistas regionais.
Como funciona o agendamento
Para grupos maiores de visitantes, formados especialmente por alunos das escolas públicas e colégios particulares, além de excursões de outras cidades da região, o MRNM/Unimontes orienta que o pedido seja formalizado previamente, por e-mail agendamentomrnm@gmail.com. Os horários disponíveis são pré-determinados: 8h às 17h30, de segunda a sexta-feira.
Desta forma, segundo explica o diretor do Museu, professor José Roberto Lopes de Sales, os responsáveis pelas turmas de visitantes serão orientados sobre os critérios para acesso ao MRNM, como o número máximo de pessoas por cada turma de visitantes, o roteiro a ser percorrido nas instalações do Casarão, tempo médio de visita, como funcionam as consultas, dentre outros pontos.
Atrações
Além dos milhares de itens já citados que fazem parte do acervo permanente, o MRNM conta com objetos gentilmente cedidos pela comunidade que podem ser contemplados pelos visitantes. São peças cedidas por famílias que fazem parte de heranças ou mesmo de coleções, além das exposições temporárias dos artistas convidados, como telas, esculturas, vestuários e intervenções artísticas.
Antes do período de pandemia, o Museu registrou algo próximo a 55 mil pessoas nas visitas presenciais, de praticamente todos os estados brasileiros e de mais de 20 países diferentes. O espaço possui quatro eixos temáticos: Meio Ambiente, Ocupação do Território (Pré-História e Povoamento), Desenvolvimento Urbano de Montes Claros e Saberes/Fazeres e Celebrações.
Igreja e ambiente urbano
A mostra fotográfica sobre a origem cristã do sertão norte-mineiro foi aberta nessa segunda-feira (7) e pode ser acompanhada presencialmente na Sala de Projeções de Imagens do MRNM. A organização é dos mediadores Gabriela Cândido e Gabriel Júnior, com supervisão da historiadora Karine Dias. “A mostra revela que, ao lado do comércio, a Igreja teve papel importante na implantação das bases de uma estrutura urbana no povoamento de Minas Gerais”, revelam os coordenadores. O material oferece ao público imagens das principais igrejas católicas de cidades norte-mineiras – e como o ambiente urbano se expandiu em torno delas.
Música
A história da música em Montes Claros, a partir de pesquisas acadêmicas coordenadas pelo Programa de Educação Tutorial em Artes/Música (PET), é a origem da exposição de fotografias “O cenário musical em Montes Claros na primeira metade do século XX”. A tutoria é da professora Maria Odília de Quadros Pimentel, com curadoria e coordenação da professora Raiana Maciel. O trabalho traz detalhes sobre os indivíduos e grupos que protagonizaram a paisagem musical da cidade, como valorização da memória histórica e o reconhecimento das pessoas atuantes neste cenário. A visitação será presencial, nos salões de Exposições do segundo andar, a partir das 19h, no dia 16 de março.
Livro – Já a sessão presencial do Grupo de Leitura no Museu será no dia 23, às 19h30, sob coordenação do professor doutor Márcio Jean Fialho de Souza, do Mestrado em Estudos Literários. A participação é gratuita e aberta a qualquer adepto ao universo literário.
Munch – Já a exposição virtual será aberta no dia 25/3, às 17 horas, com a mostra dos trabalhos de 41 artistas plásticos do Norte de Minas e de outras regiões do País. A inspiração coletiva é com icônica obra “O Grito”, de Edvard Munch. A transmissão e a exibição das obras serão pelas redes sociais do Museu e da Unimontes: Facebook, Instagram e YouTube, com curadoria da Ssara Dinizz.
Endereço
O museu fica no Corredor Cultural Padre Dudu, na rua Cel. Celestino, 75, Centro.