Grande maioria do brasileiro já não sabe mais o que fazer. Já cortou em tudo. Reduziu entretenimentos e lazer, cortou vida social, tirou o filho da escola privada e da aula de língua estrangeira, deixou de viajar, adiou mais uma vez a troca do veículo, cortou gastos com alimentação e, ainda assim, não consegue pagar as contas.
Essa é a primeira parte do problema, nesta fase, falamos do brasileiro empregado, que não consegue honrar com suas contas porque o ganho não dar. Mesmo ele economizando em tudo. Infelizmente, o sistema público não deixa a pessoa avançar, pois a conta de água, o boleto da luz, o gás, o combustível e os impostos crescentes são travas perseguidoras.
O brasileiro ainda não conta com serviços públicos de segurança, saúde, educação, tampouco infraestrutura adequada, são mais gastos na conta do descapitalizado habitante brasileiro.
A segunda parte, esta mais aguda ainda, diz respeito ao desempregado.
O brasileiro não encontra posto de trabalho. Desempregado, ele não sabe o que fazer, nem a quem recorrer.
Seria porque ele quer ficar sem fazer nada?
Não, não é isso.
Cerca de 13 milhões de brasileiros há tempos engrossam a fila dos desempregados.
Pesquisa revela que o desempregado sai à procura do que fazer e não encontra trabalho, mesmo ele sendo qualificado.
Duro até de pensar, um país em que o cidadão quer trabalhar, quer ter vida digna e não consegue, o sistema não oferece.
A outra parte da conversa é com o empregador. Sufocado, ele não avança porque o cenário não deixa. Aliás ele está é recuando, só não para porque não tem condições financeiras de parar a sua atividade, isso porque dissolver empresa no Brasil não é fácil.
Não dá para entender. O país tem matéria prima (riquezas naturais), tem mão de obra, tem investidor disposto a investir em cenário seguro e o mercado mundial apresenta demanda. Tudo a favor e coisa não anda.
Sabe o resultado disso tudo?
- Aproximadamente 13 milhões de brasileiros desempregados – IBGE
- 35% não conseguem pagar sua contas – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL);
- Dados de Censo da Educação Superior do MEC diz que o número de matrículas em faculdades e universidades ficou estagnado nos últimos anos.
- Brasil ficou mais triste no último ano, diz ‘Ranking da Felicidade’.
- O Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)revelou que houve um aumento de 12,3% em casos de morte por suicídio.
O que fazer?
Não se sabe! O brasileiro está emparedado. A população procura uma instituição política crível, mas não a encontra. Procura em uma instituição, narrativas abalizadas, ilustrando os caminhos que poderão fazer girar as engrenagens da fortuna, mas não veem ancoragem nas expectativas.