Nos últimos anos, a região se tornou uma grande provedora para o Estado em vários aspectos, como a pecuária e fruticultura, por exemplo. A agropecuária se atualizou, modernizou e trilhou novos caminhos, mas há determinados normativos inadequados no tocante ao meio ambiente que são verdadeiros entraves.
Nem mesmo toda pujança do setor, com excelentes índices, geração de divisas, ganhos de competitividade, inclusive na pandemia, o Governo de Minas tem entendido a importância da produção no campo, no Norte de Minas.
“Nós produtores rurais precisamos ser ouvidos. É impossível desenvolver uma legislação que puna tanto quem produz, sem ouvir, sem dialogar. A Resolução conjunta SEMAD / IEF de nº 3.102, de 26/10/2021, é mais uma medida que penaliza a região onde mais se preserva no Estado, pois não estão cobrando de quem desmatou suas reservas, mas, sim, de quem precisa limpar áreas para produzir. É inadmissível uma lei dessa natureza. Da maneira como está o produtor não poderá sobreviver no campo. Essa legislação, caso não seja alterada, poderá aumentar a pobreza no Norte de Minas, visto que ela prejudica a região como um todo, do Rural ao Urbano, pois todas as áreas serão atingidas”, garantiu o Presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, José Moacyr Basso.
O diretor da entidade, Luiz Guilherme Câmara compartilha da posição do Presidente e acrescenta: “não é o meio ambiente que traz prejuízos, são normas inadequadas e impróprias para esta região semiárida onde estamos inseridos”, falou.
O agro tem sido desenvolvido, como indica José Moacyr, unindo produção, agregação de valor e responsabilidade socioambiental.
“Mas precisa de ajuda, especialmente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Precisamos de uma agenda propositiva com base em conhecimento, experiência e vivencias do norte – mineiro, para a consolidação do setor que trabalha com sustentabilidade e geração de riqueza para toda a população”, encerrou o líder classista.