Serviço Geológico do Brasil amplia emergencialmente sistema de alerta hidrológico no rio São Francisco

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), por meio do Departamento de Hidrologia (DEHID), da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), deu início, em dezembro de 2021, à operação do Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) da bacia do Rio São Francisco, importante rio brasileiro que percorre os estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.

O sistema monitora e gera informações hidrológicas de qualidade, para subsidiar a tomada de decisões por parte dos órgãos relacionadas à mitigação dos impactos de eventos hidrológicos extremos. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), por meio da operação da Rede Hidrometeorológica Nacional.

Nos últimos dias, o sistema foi ampliado emergencialmente. Novos municípios recebem, agora, o monitoramento hidrológico. São eles: Manga e Pedras de Maria da Cruz, em Minas Gerais; Barra, Morpará, Ibotirama, Bom Jesus da Lapa e Carinhanha, na Bahia.

Nas últimas semanas, as chuvas elevaram as cotas do rio São Francisco em diversas cidades. Inicialmente, Minas Gerais foi afetada pela cheia, que deixou os municípios de Pirapora, São Romão, São Francisco e Pedras de Maria da Cruz em cota de inundação. Nessa segunda-feira (24), o rio permaneceu elevado, com dezenas de comunidades ribeirinhas e de ilhas desalojadas. No entanto, os níveis tendem a estabilizar. Na região da Bahia, essa onda de cheia está chegando às cidades de Carinhanha, Bom Jesus da Lapa, Ibotirama, Morpará e Barra onde o rio já se encontra com níveis elevados.

O SAH São Francisco é operado com base nos dados coletados e transmitidos pelas estações telemétricas instaladas na bacia e também por estações convencionais, em especial, na sua calha principal e de alguns afluentes.

Com os dados de cotas do rio e chuva, atualizados em tempo real, e com informações sobre a estimativa de chuvas previstas, os engenheiros hidrólogos do SGB-CPRM elaboram modelos de previsão, que envolvem cálculos hidrológicos e estatísticos, e são baseados em informações da série histórica das chuvas e dos níveis dos rios.

As informações geradas pelo SAH são enviadas com antecedência aos órgãos de Defesa Civil por meio de boletins de monitoramento e previsões, indicando em que nível as águas do rio podem chegar e em quanto tempo, a fim de que os bens e as pessoas de locais potencialmente inundáveis possam ser retirados.