A Justiça da Itália julgou e condenou, nesta quarta-feira (19), em terceira instância, a situação do jogador Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, acusados de terem cometido um estupro coletivo contra uma mulher albanesa numa boate de Milão, em 2013. Nas outras duas instâncias, os dois foram condenados a nove anos de prisão.
Com a decisão, Robinho não poderá mais recorrer e a execução da pena é imediata. A Justiça da Itália pode pedir a extradição do ex-camisa 7. Ele corre o risco de cumprir a pena no Brasil caso a extradição não seja concluída.
O julgamento durou apenas meia hora, com a presença da vítima, e contou com um colegiado formado por cinco juízes e uma juíza.
O caso
A mulher, que diz que foi embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto estava inconsciente, não queria comparecer a audiência, mas foi convencida pelo advogado e acompanhou o julgamento.
O jogador, Falco, e suas defesas, por sua vez, afirmam que a relação foi consensual. Robinho não foi a nenhuma audiência desde que o caso foi aberto, em 2016. A sentença de primeira instância foi anunciada no ano seguinte. Em outubro de 2020, o jogador chegou a ser anunciado pelo Santos, mas uma série de protestos, principalmente nas redes sociais, fez com que o Peixe suspendesse e, posteriormente, encerrasse o contrato com o jogador. No mesmo mês, a TV Globo divulgou trechos de uma conversa de Robinho com amigos, no qual os homens debochavam da vítima.
Dois meses depois, em dezembro, a dupla também foi condenada em segunda instância, na corte de Apelação de Milão. Na época, a juíza Francesca Vitale, que presidiu o julgamento, disse que “a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus amigos para satisfazer seus instintos sexuais”.
O caso contra os outros quatro homens envolvidos está suspenso até o momento, mas pode ser reaberto com a decisão da justiça italiana.
(Com informações do Metrópoles).