FIEMG propõe a Zema isenção de tarifas de água, esgoto e energia elétrica a atingidos por enchentes

Flávio Roscoe entregou documento ao governador com medidas que beneficiam consumidor residencial, industrial e comercial, baseadas em lei vigente no Estado

 

O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, entregou no dia 14 de janeiro ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, uma “Proposta de medidas emergenciais para recuperação econômica e social de Minas Gerais, frente às chuvas”, que sugere, especialmente, isenção total das tarifas de água e esgoto e de energia elétrica aos consumidores residenciais, industriais e comerciais atingidos por enchentes no estado.

Elaborada pela Advocacia Cível e Comercial da FIEMG, a nota técnico-jurídica ressalta que a Lei Estadual 23.797, de 20 de janeiro de 2021, dispõe sobre a concessão, por tempo determinado, da isenção dessas tarifas a todos os consumidores afetados pelo excesso de chuvas sobre Minas Gerais.

A proposta da FIEMG é que a isenção seja aplicada por três meses subsequentes aos períodos em que o poder público constatar a ocorrência de enchentes de grandes proporções no estado, como as registradas nos últimos dias.

Com a anuência do governador Romeu Zema, pondera a FIEMG, Copasa, Copanor e Cemig poderão conceder esse tipo de isenção aos seus fornecedores residenciais, industriais e comerciais alvo de prejuízos, de acordo com o que prevê o artigo 5º da Lei Estadual 23.797.

A FIEMG aguarda a aprovação da proposta pelo governador, na expectativa de que essas medidas permitam aos mineiros atingidos pelas enchentes um recomeço mais digno, diante das adversidades que enfrentam.

(Foto: Fiemg)

FIEMG doa cestas básicas a atingidos por temporais no Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.

Cestas foram distribuídas pela Defesa Civil do Estado m parceria com o Polícia Militar

Em pronta-resposta à tragédia causada pelas fortes chuvas no Vale do Jequitinhonha e no Norte de Minas, e em consonância com a visão humanitária das entidades, o Sistema FIEMG doou 20 mil cestas básicas e cinco mil kits de higiene pessoal aos municípios mais atingidos pelos temporais registrados em dezembro nessas regiões. A Defesa Civil do Estado é que ficou responsável pela distribuição das doações a moradores de 80 cidades da região que foram atingidos pelas chuvas.

O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, explica que “em decorrência da tragédia das chuvas, a FIEMG decidiu fazer uma campanha com os nossos associados e indústrias na captação de recursos para que a gente compre, ou mesmo na captação dos próprios produtos, como itens de cesta básica, de higiene pessoal, e de vestuário, para que a gente faça a doação para esses municípios mais atingidos”. Segundo o gestor, a doação das 20 mil cestas básicas e dos cinco mil kits de higiene foi feita com recursos das próprias entidades.

Quem também comemorou a chegada das doações a Montes Claros foi o vice-presidente da FIEMG Regional Norte, Adauto Marques Batista. Para ele “essas doações vieram para mitigar o sofrimento dos nossos conterrâneos que tanto sofreram e tanto perderam por conta das inundações. A ação da FIEMG demonstra, mais uma vez, que o segmento industrial está sempre atento e é participativo no socorro às pessoas que sofrem com as tragédias. A FIEMG trabalhou ainda na mobilização da base industrial para a arrecadação de mais insumos”, explicou ele.

(Fotos: Fiemg Regional Norte)

Indústrias farmacêuticas geram oportunidades de emprego e querem mais profissionais qualificados para o segmento

Reunião na Regional Norte entre representantes de indústrias e de escolas de ensino superior e técnico discutiu o assunto

As indústrias farmacêuticas instaladas em Montes Claros – bem como as que estão em processo de instalação – estão gerando cada vez mais oportunidades de empregos e procuram mão-de-obra qualificada, voltada para o segmento industrial, notadamente no ramo farmacêutico. É que os profissionais formados pelas instituições de ensino locais têm grade curricular com foco no comércio e as indústrias querem que sejam adequadas também às demandas das indústrias.

Para discutir o assunto, uma reunião entre representantes do Hipolabor, do Centro Universitário FipMoc, da Grau Técnico – escola de cursos técnicos terceirizados -, com o presidente da FIEMG Regional Norte, Adauto Marques Batista, e o analista de Desenvolvimento Sindical, Angelo Vieira da Silva, representante dos sindicatos empresariais filiados à FIEMG, aconteceu na sede da Regional Norte quando as demandas foram apresentadas.

Fabiana Tavares, diretora do Hipolabor – laboratório farmacêutico instalado no Distrito Industrial e que gera atualmente 450 empregos diretos -, destacou a necessidade da adequação das grades curriculares dos cursos de Farmácia para atender às indústrias, pois, segundo ela, “não devem apenas formar profissionais que depois não terão qualificação específica para atender as demandas das indústrias farmacêuticas”. O reitor do UniFipMoc, Marcelo Chaves, disse que as grades curriculares são definidas pelo Ministério da Educação e são rígidas, porém, “nada impede que possamos procurar alternativas que possam qualificar melhor os profissionais que formamos”, destacou. Ele informou que a instituição está prestes a iniciar novo curso de Farmácia e já abriu inscrições. Já o gestor da Grau Tecnico, Marcelo Monteiro, destacou que a instituição tem mais de 100 mil alunos espalhados por suas diversas franquias no país e, pela expertise que detem, não vê dificuldades em atender à demanda.

O Polo Farmacêutico de Montes Claros abriga atualmente grandes indústrias do segmento, como a Novo Nordisk, MSD, Hipolabor e, em implantação a Eurofarma (que vai gerar mais de 2 mil empregos diretos) e a Cristália, que projeta mais de 700 vagas. Há ainda a possibilidade de implantação de mais um laboratório farmacéutico que já iniciou tratativas para a possível instalação de uma unidade em Montes Claros. Todas dependem de mão-de-obra qualificada para o segmento farmacêutico industrial.

E, antecipando-se à demanda, o presidente da FIEMG Regional Norte, Adauto Marques, sugeriu a criação de um grupo conjunto – indústria, instituições de ensino e FIEMG – para discutir o assunto e criar um movimento dinâmico que permita aos jovens estudantes da região terem mais oportunidades de emprego, e que não precisem sair da região em busca de oportunidades. “Além disso, precisamos facilitar aos jovens o acesso ao primeiro emprego, por meio de uma integração escola/indústria”, acrescentou Marques.

(Fotos: Fiemg Regional Norte)