Um colégio evangélico localizado na cidade de Itaúna, na região Central de Minas, voltou a polemizar nas redes sociais depois de enviar aos pais dos alunos, na última quarta-feira (12), um comunicado em que repudia “desenhos ingênuos no material escolar”. Dentre as figuras mencionadas pela instituição, estão o arco-íris e o unicórnio, que, segundo o colégio, ajudam a perpetuar “ideologias anti-família”.
“Não basta engolir que ‘está na moda’ ou ‘todo mundo tem’. A boa formação implica em renúncias, sendo diferente e autêntico quando necessário”, pontua a instituição. Para chamar a atenção dos pais aos “riscos” do uso dessas figuras, o colégio menciona estampas de caveira e até mesmo o revolucionário Che Guevara.
“Os cadernos e camisetas com caveiras (cultura de morte), foice e martelo e com o rosto de Che Guevara (grande assassino e revolucionário comunista), estão na moda há décadas. Mas hoje vejo também outros riscos”, começa o material.
“As principais ideologias anti-família têm feito de tudo para se instalar em nosso meio e utilizam, principalmente, os materiais infantis e com estampas que parecem ingênuas. O arco-íris que é um símbolo de aliança de Deus com seu povo foi raptado pela militância LGBT, que o utiliza em suas bandeiras que têm, atualmente, seis cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, anil e violeta”, acrescenta.
‘Contrário aos planos de Deus’
Já a figura imaginária do unicórnio é criticada por “identificar alguém de gênero não binário”, ou seja, pessoas cuja identidade de gênero ultrapassa a identificação com masculino e feminino. Segundo a diretoria do colégio, esse significado “não se enquadra em nada e vive totalmente sem padrões” e “é mais um símbolo contrário à lei natural, contrário aos planos de Deus”.
Na tentativa de validar o discurso homofóbico, a instituição chega a mencionar uma campanha de marketing feita por uma rede de fast-food em 2018. “Um exemplo disso foi dado pela Burger King que lançou, em 2018, o Shake Unicórnio especialmente para a parada gay em São Paulo”, escreve.
No ano passado, a mesma escola virou alvo de inúmeras críticas ao publicar nas redes sociais uma postagem que insinua que mulheres são culpadas em casos de estupro e assédio. “Quando a mulher decide expor partes do corpo que deveriam estar cobertas se torna uma sedutora, partilhando assim a culpa do homem”, dizia o post compartilhado na época – e apagado logo em seguida.
[ Com informações de BHZ]