Atenta aos efeitos e impactos provocados pelas fortes chuvas na região, a Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco (AMMESF), nesta segunda-feira (10), acionou a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) para apurar o diagnóstico sobre o volume de chuvas na região, a capacidade da Usina de Três Marias e as medidas preventivas para a população ribeirinha, que vive às margens do Rio São Francisco.
Dezenas de cidades associadas à AMMESF são banhadas pelo rio e, nos últimos dias, com as tragédias no estado de Minas Gerais, a apreensão e a incerteza, em relação aos riscos oferecidos com a alta do São Francisco, tem causado preocupação em toda a região. O presidente da AMMESF, Pedro Braga (prefeito de Buritizeiro) entende que as cidades e seus gestores precisam trabalhar, preventivamente, contando com a Defesa Civil como principal mecanismo, no planejamento e execução das ações.
“Diariamente estamos monitorando a Usina de Três Marias, que ainda está abaixo dos 70% da sua capacidade. Mas isso não pode significar que os cuidados necessários sejam ignorados. Temos cidades com atividades intensas na beira do rio, como as balsas e embarcações que são o principal meio de transporte destas localidades”. Alertou o presidente da entidade.
Em nota enviada à AMMESF, a CEMIG explicou que a capacidade máxima da Usina não foi atingida devido à forte seca que atingiu o Brasil, no último período chuvoso, e por causa disso o reservatório está em fase de recuperação. O gerenciamento da capacidade de Três Marias é uma responsabilidade conjunta da CEMIG, da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), e conta com a contribuição de todos os agentes representantes dos estados e usuários da bacia hidrográfica.