Flávio Roscoe é reeleito presidente da FIEMG

O empresário mineiro do setor têxtil, Flávio Roscoe Nogueira, foi reeleito para um novo mandato, de 2022 a 2025, para a presidência da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG). A eleição, que teve chapa única, aconteceu na quinta-feira (16/12), na sede da entidade, em Belo Horizonte, durante a Assembleia Geral do Conselho de Representantes da instituição. Dos 134 sindicatos empresariais filiados a FIEMG, 122 votaram. A diretoria eleita contou com 119 votos e inicia seu mandato em maio de 2022. Foram dois votos em branco e um nulo.

Em seu pronunciamento, o presidente reeleito agradeceu cada voto recebido, ressaltando a importância da indústria – de todos os portes e setores – para a sociedade. “A reeleição é resultado de um trabalho iniciado há quatro anos. É uma construção e, com ela, estamos conseguindo mudar a realidade da FIEMG e da indústria no estado. E isso é fruto do trabalho de todos que participam da entidade, que se tornou mais inclusiva e democrática em suas decisões. Todos os segmentos são importantes. Todos nós somos a indústria – todos devem contribuir. A FIEMG é a casa da indústria e vai apoiar todo as cadeias produtivas”, afirmou Roscoe.

A diretoria eleita comandará a entidade de 2022 a 2025 e será empossada em maio do próximo ano, quando se comemora o “Dia da Indústria”.

 

(Foto Sebastião Jacinto Júnior)

 

Industriais mineiros encerram 2021 confiantes na economia

FIEMG apura que Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Minas Gerais chega a 56,7 pontos neste dezembro

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Minas Gerais aumentou 1,1 ponto em relação a novembro (55,6 pontos) e atingiu 56,7 pontos em dezembro, depois de o indicador acumular recuo de 7,2 pontos nos três meses anteriores. Com esse resultado, o índice mostra industriais confiantes pelo 17º mês seguido, em um contexto de cobertura mais ampla da vacinação contra a Covid-19 e de maior controle da crise sanitária.

Contudo, o ICEI caiu 5,9 pontos frente a dezembro de 2020 (62,6 pontos), revelando que a confiança foi menos intensa e menos disseminada nessa base de comparação. Vale lembrar que a atividade industrial ficou bastante aquecida no segundo semestre de 2020, com a rápida recuperação do setor após o período mais crítico da pandemia naquele ano.

No país

O ICEI nacional cresceu 0,7 ponto em relação a novembro (56 pontos) e alcançou 56,7 pontos, mostrando confiança dos empresários brasileiros pelo 17º mês consecutivo. O ICEI resulta da ponderação dos índices de condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam percepção de situação atual melhor e expectativa positiva para os próximos seis meses, respectivamente.

O componente de condições atuais registrou pequena queda ante novembro (50,1 pontos) e atingiu o patamar neutro do índice em dezembro (50 pontos). O indicador recuou expressivos 10,5 pontos na comparação com dezembro de 2020 (60,5 pontos), sendo o menor para o mês em cinco anos. O componente de expectativas para os próximos seis meses cresceu 1,8 ponto em dezembro (60,1 pontos), ante novembro (58,3 pontos), e sinalizou perspectivas positivas dos empresários pela 18ª vez seguida.

Os industriais mostraram maior otimismo com relação às economias brasileira e mineira e aos seus negócios. Em contrapartida, na comparação com dezembro de 2020 (63,7 pontos), o índice recuou 3,6 pontos, sendo o mais baixo para o mês em quatro anos.

Acesse toda a pesquisa aqui.

 

Indústria é decisiva na recuperação da economia nacional e mais ainda da mineira

Minas Gerais tem desempenho de destaque na recomposição do PIB nacional

Foto: Sebastião Jacinto Júnior

O desempenho favorável da indústria é decisivo para que o PIB do Brasil alcance crescimento de 4,27% ao final de 2021. A eficácia da atividade industrial tem destaque ainda maior em Minas Gerais, que deverá encerrar o ano com avanço do PIB em 5,97%. Essas projeções da gerência de economia e finanças empresariais da FIEMG apontam também, como um dos principais fatores para esse resultado positivo da indústria mineira, o fato de o estado ter maior concentração de plantas produtivas que mantiveram ou retomaram atividades com mais rapidez ao longo da pandemia, como mineração, siderurgia e produção de máquinas e equipamentos.

Se por um lado o PIB da indústria deve aumentar 3,43% no país neste ano, em Minas Gerais esse impulso chega a 10,15%. Os destaques são a indústria extrativa mineral, que deverá registrar crescimento de 2,68% em nível nacional e de 16,08% no âmbito estadual; e a indústria de transformação, que deve fechar o ano com avanço de 3,61% no país e de 11,81% em Minas. Ambos os setores são seguidos pela indústria da construção, com crescimento nacional de 6,86% e estadual de 9,04%.

“A indústria de Minas Gerais sai da dinâmica de crescer abaixo da nacional para avançar acima do índice brasileiro. O estado já tem 3% de crescimento anual contratados para os próximos três anos. Esse tipo de investimento vai gerar renda, impostos e receita. Vamos despontar no Brasil no cenário de desenvolvimento, continuar crescendo acima da média nacional”, enfatizou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, ao divulgar o Balanço Anual 2021 e Perspectivas 2022, nessa terça-feira (21/12).

O que propicia esta realidade, ressaltou ainda Roscoe, é a segurança jurídica e o ambiente favorável aos negócios instalado no Estado. “A FIEMG fica muito feliz de vivenciar isso. Essas escolhas colocam Minas em um trilho diferente. O que vemos hoje é um crescimento por toda a cadeia da indústria”, comemorou.

Anúncios de novos investimentos em Minas são quase diários, segundo o presidente da FIEMG. E municípios mineiros procuram a entidade com frequência para falarem das suas características e dos benefícios que podem oferecer a novas indústrias que tenham interesse em se estabelecer nos seus territórios. “Quando uma indústria se instala, 25% do ICMS vai para o município que a abriga, além de outros impostos”, salientou Roscoe.

As projeções da FIEMG são baseadas em dados apurados até o terceiro semestre de 2021 e na análise de fatores que os influenciaram. Entre março de 2020 e setembro deste ano, por exemplo, o país registrou avanço no PIB de 5,7%, puxado especialmente pelo desempenho 6,5% maior da indústria. No mesmo período, o PIB mineiro cresceu 6,9%, estimulado pela expansão da atividade industrial no estado em 12,7%.

“A indústria contribuiu significativamente para o desempenho da economia do estado, puxando a recuperação econômica ao longo da pandemia de Covid-19”, frisa o economista Izak Carlos Silva, economista da FIEMG, um dos responsáveis por esses estudos e projeções.

O levantamento estima também o comportamento da economia em 2022. O PIB nacional deve assinalar aumento de 0,31%, contra os 4,27% previstos para este ano. Já no estado, o crescimento do PIB vislumbrado é de 1,42%, em contraposição com os 5,97% de agora. Em ambos os cenários, nacional e estadual, o desempenho da atividade industrial esperado, de 1,08% e 2,50%, respectivamente, será decisivo para impulsionar os resultados.

Minas na ponta

Em se tratando da produção industrial, a FIEMG apurou que, no acumulado deste ano até outubro, o resultado de Minas Gerais (12%) fica atrás apenas do estado de Santa Catarina (13,8%). No entanto, levando em conta o período entre fevereiro de 2020 e outubro de 2021, a produção industrial mineira (3,8%) registra o melhor desempenho do Brasil (- 4,1%), seguida dos estados do Paraná (2,2%) e Rio de Janeiro (1,6%).