A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, nesse sábado, 18, que o prazo para aplicação das doses de reforço da vacina contra Covid-19 da Pfizer passa de cinco meses a partir da última aplicação para quatro.
Essa redução, conforme a pasta, foi deliberada por atores do poder Executivo, e está permitida “quando houver doses da vacina Pfizer com prazo de vencimento, por descongelamento, inferior a 15 dias e impossibilidade de remanejamento das doses entre municípios vizinhos”.
A secretaria ressalta que há maior vulnerabilidade de infecção pelo coronavírus em pessoas que não completaram o esquema vacinal. Segundo informação divulgada nessa quinta-feira (16), ao menos 2,5 milhões de mineiros estão com a aplicação das segundas doses atrasadas.
“Tanto a segunda dose quanto a dose de reforço são estratégias fundamentais para evitar aumento de casos e garantir proteção coletiva. Portanto, só com o esquema completo é possível reduzir a transmissão da doença e evitar a forma grave da doença”, completa a SES-MG.
A SES-MG decidiu possibilitar a redução do intervalo levando em consideração os seguintes fatores:
– O atual cenário epidemiológico da pandemia da covid-19, com aumento de casos e óbitos no mundo, e que os países têm apresentado diferentes coberturas vacinais e a confirmação da variante Ômicron (B.1.1.529), já diagnosticada em vários continentes, incluindo casos confirmados no Estado de São Paulo;
– Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do Brasil, com o aumento das viagens a circulação de pessoas irá aumentar possibilitando a transmissão do vírus da covid-19 e das variantes de atenção. Diante da não obrigatoriedade, até o momento, da apresentação de comprovação de esquema vacinal completo para os viajantes, se faz a necessária a adoção de medidas de intensificação da vacinação, a exemplo do ocorrido na Europa, como a antecipação da aplicação da dose de reforço da vacina contra a COVID19;
– Os elevados quantitativos de doses da vacina Pfizer disponíveis, bem como o curto prazo de vencimento após o descongelamento que demandam uma estratégia rápida para evitar perdas;
– O período chuvoso no estado de Minas Gerais que pode interferir nas estratégias de vacinação, como fornecimento de energia elétrica para as câmaras frias, na baixa procura da população pelos postos de saúde e na busca ativa que deve ser realizada pelos municípios.
[Com informações de O TEMPO]