A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), desencadeou na manhã dessa quinta-feira 4, em Montes Claros, na região Norte do estado, a Operação Exame Legal que teve como objetivo desarticular a ação um grupo criminoso que utilizava de má-fé para atrair candidatos com propostas inexistentes de facilitação na aquisição da Carteira Nacional de Habilitação. Na ação, três suspeitos foram presos.
De acordo com as informações, os suspeitos ofereciam facilitação no processo de habilitação, na fase prática, ou seja, durante os “exames de rua”. Segundo delegado- geral da Polícia Civil, Jurandir Rodrigues os suspeitos exigiam quantias que variavam entre R$1.500, 00 a R$2.500,00, e o candidato realizava o pagamento se o resultado fosse positivo.
“Esse golpe era aplicado no momento em que o candidato estava ansioso e vulnerável para ser aprovados no exame de direção, disse o delegado.”
Jurandir destacou ainda que, as pessoas que forem obter a CNH ou adicionar alguma categoria ficarem atentos, pois tem sido uma prática recorrente chamada de “se colar, colou”.
O delegado-geral que é coordenador da banca examinadora Erivelton Ruas disse que as investigações deram inicio com uma denúncia anônima e com instrutores que estavam descontentes com o esquema. A PC destacou também que as pessoas não tinham nenhuma facilitação na hora do exame; eram aprovadas por mérito próprio mas achavam que pelo fato de ter combinado o valor com os suspeitos o resultado positivo seria esperado.
Foram presos 03 suspeitos, 29, 44, 49 anos, sendo dois instrutores de Trânsito e um terceiro que agenciava candidatos. A prisão de um dos instrutores foi realizada na área de exames, o auto na autoescola em que o mesmo trabalha e o agenciador de candidatos em sua residência. De acordo com a PC este terceiro quem traçava o perfil das vítimas, ou seja, aqueles mais propensos de serem aprovados.
Até o momento não se tem informação de quantas pessoas foram enganadas, e a PC ressalta que essas pessoas são vítimas, já os suspeitos vão responder por crime de estelionato, e integrantes de organização criminosa.
Com as informações, os investigadores/examinadores passaram a monitorar a ação dos suspeitos e, durante a fase de colheita de provas, os policiais apuraram que os envolvidos ofereciam os serviços para candidatos com condições reais de serem aprovados nos exames. A investigação aponta que esse esquema estava acontecendo há três anos; e destaca que até o momento não se sabe se as empresas tem envolvimento com as práticas cometidas.
De acordo o delegado-geral, Jurandir Rodrigues, Presidente da Banca Examinadora, os envolvidos obtinham as informação sobre os candidatos antes de oferecerem seus serviços, uma vez que alguns dos alvos eram treinados pelos próprios suspeitos ou por pessoas que forneciam as informações para eles, “com as referências dos candidatos na obtenção da Carteira de Habilitação, os investigados se aproximavam e oferecia a facilidade, eles alegavam aos alunos que havia participação dos examinadores no esquema fraudulento e, garantiam que não havia risco, pois só receberiam se houvesse a aprovação” explicou.