Confirmado pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai ser o candidato do partido à Presidência da República nas eleições de 2022. “O Rodrigo Pacheco vai ser o nosso candidato e será presidente da República”, garantiu durante o ato de filiação do senador mineiro ao partido, nessa quarta-feira, 27, em Brasília.
O nome de Pacheco é uma aposta há meses na disputa presidencial, mas é a primeira vez que a candidatura é admitida. O senador quer disputar como um nome da terceira via, na tentativa de quebrar a concentração de votos entre o presidente Jair Bolsonaro e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
Ao final do evento, Pacheco foi mais ponderado. Ele admitiu que pode aceitar o convite para concorrer ao Palácio do Planalto, mas frisou que, por enquanto, o foco é no trabalho legislativo. “A minha mensagem de união é independente da disputa eleitoral. [A candidatura] é uma pretensão legítima que nós devemos aceitar, mas tudo tem o seu tempo e, para mim, esse tempo também deve ser respeitado”, afirmou. “Jamais permitirei que eu antecipe qualquer discussão no âmbito eleitoral”, acrescentou.
Mesmo com a cautela de Pacheco, Kassab garantiu a aposta para 2022. “Eu confirmo o que eu disse. Eu tenho essa expectativa, eu acredito nisso. Acho que ele expressa um sentimento muito caro aos brasileiros hoje que é o sentimento da renovação. Essa é a razão de eu estar afirmando que entendo que ele é melhor candidato para o Brasil nas eleições do ano que vem”, afirmou. “É evidente que tudo tem o seu tempo. Ele é presidente do Senado, tem as suas responsabilidades, portanto a sua cautela é até elogiável”, analisou o presidente PSD.
Ao ser questionado se o partido pode construir uma chapa com o PT e disputar como vice do ex-presidente Lula, Kassab negou a possibilidade. “Encaro com naturalidade a aspiração dos outros partidos, mas o PSD terá candidato à Presidência da República. É uma decisão irreversível”, apontou.
No discurso oficial, o presidente do Senado não tocou diretamente no assunto. Destacou apenas que o Brasil vive “um dos momentos mais difíceis de toda a história” e que “desafios precisam ser enfrentados e solucionados”. Citou “desafios sociais e no mercado de trabalho, na área ambiental, na saúde, na educação, na produção de energia, e agora também o desafio da fome, um flagelo inaceitável que tem castigado tantos e tantos brasileiros, e isso num país tão rico como o nosso”.
[Com informações de O TEMPO]