Perda de convívio na pandemia aumenta o número de pessoas ansiosas

Continua após a publicidade Após longos períodos de isolamento por causa da covid-19, o retorno às atividades presenciais já é uma realidade para muitos trabalhadores que ficaram em casa na época mais crítica da pandemia. E esse tempo todo sem o convívio social trouxe alguns efeitos; entre eles a ansiedade. De acordo com o psicólogo […]
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Após longos períodos de isolamento por causa da covid-19, o retorno às atividades presenciais já é uma realidade para muitos trabalhadores que ficaram em casa na época mais crítica da pandemia. E esse tempo todo sem o convívio social trouxe alguns efeitos; entre eles a ansiedade.

De acordo com o psicólogo Igor Souto, a ansiedade é uma manifestação comum no ser humano. Entretanto, quando a ansiedade passa a ser patológica gera no indivíduo manifestações comportamentais, psicológicas e, em alguns casos, físicas.

Igor diz que o novo coronavírus despertou nas pessoas insegurança, medo e incerteza, gerando prejuízos em seu emocional. Com a chegada da COVID-19 foi decretado a emergência do isolamento social com finalidade de proteger as pessoas de uma doença que ainda não era conhecida, tampouco como se comportava no organismo. 

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“O afastamento das pessoas de seus cotidianos, que é estabelecido através do contato com o real e com as relações sociais, contribuiu para manifestações de ansiedade. As pessoas tiveram que lidar constantemente com lutos, perdas significativas em suas vidas, incertezas frente ao futuro, medo de contrair a doença ou que ela evoluísse para quadros mais severos, aumento do desemprego e crise sanitária presente no país, destacou o psicólogo”.

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a pandemia deixou os brasileiros mais ansiosos e deprimidos e, com isso, aumentou de forma significativa a procura por atendimento em serviços de saúde mental tanto na rede privada quanto na pública.

Em Montes Claros Igor disse que a busca pelo serviço psicológico mais que dobrou nos últimos dois anos após  início da pandemia, sendo identificados pacientes com quadro ansioso, depressão, estresse e outros que evoluíram durante a pandemia, como a dependência química. 

Em situações em que alguém próximo apresentar sintomas de ansiedade o psicólogo destaca que é importante a família ajudar.

“Quando deparamos com uma pessoa em crises de ansiedade, o acolhimento é primordial. É essencial estar junto da pessoa, oferecendo um espaço para que ela se sinta segura, ouvi-la, ajudá-la a respirar com objetivo de diminuir os sintomas. Também é de grande importância orientar e direcionar para os serviços de saúde mental, psicólogo e psiquiatria”.

Papel do psicólogo diante desta situação

Igor desta que o psicólogo desempenha um papel muito importante nos quadros de ansiedade, pois ele pode identificar precocemente os transtornos dela e pode evitar repercussões negativas na vida da pessoa. A psicoterapia pode ser uma aliada ao se lidar com uma ansiedade, já que visa compreender, influenciar e modificar a experiência psíquica, a função mental e o comportamento do paciente, além de compreender as causas que geram a crise de ansiedade e como o indivíduo pode lidar melhor, ajudando-o a elaborar, ter consciência e auxiliar em tomadas de decisão. 

O psicólogo trabalha na perspectiva do sujeito e não do sintoma, ou seja, no seu desenvolvimento, em seus comportamentos e no seu processo de autoconhecimento que ajudam a elaborar melhor suas questões.

Jornalista formado pelas Faculdades Integradas do Norte de Minas- FUNORTE em 2021. Natural de Luislândia, Norte de Minas; tem passagens por redações de jornais, e TV.