Calor extremo afeta os pets também

Alex Portes, médico veterinário

Com as altas temperaturas, os animais assim como nós sofrem com o calor, podendo provocar insolação, desidratação e queimaduras (das patas principalmente). Segundo o médico veterinário Alex Portes, as raças que sofrem com o calor são as de “focinho achatado”, como chow chow, buldogue, buldogue francês, dogue de bordeaux, galgo, cavalier king charles spaniel, pug, golden retriever e springer spaniel.

O sol forte, esse que tem dado as caras no verão, é inimigo da maioria dos animais de estimação. Por não transpirarem pela pele, cães regulam a temperatura corporal através da respiração.

Quando ofegantes, cachorros estão, na verdade, tentando se resfriar. Com o calor, sobretudo o registrado na última semana, essa capacidade pode se mostrar insuficiente para reduzir a temperatura corporal deles. E seu pet corre risco de ter um quadro chamado hipertermia, considerada uma situação de emergência porque seu pet pode ter um colapso respiratório.

“Os cães diferentes dos humanos, não possuem glândulas sudoríparas, assim efetuam a perda de calor pela língua. A transpiração ocorre também pelo focinho e pelas almofadinhas das patas. No entanto, como o focinho é pouco irrigado e as almofadinhas ficam em contato constante com o chão, a transpiração por esses locais acontece com menor eficiência”, explica o veterinário Alex Portes.

Em relação as raças peludas, é sugerido fazer a tosa baixa, mas sem tirar o pelo por completo, uma vez que este protege a pele do cão contra o calor extremo. Outra dica para amenizar o calor nos pets é oferecer frutas, exceto uva e abacate que são consideradas tóxicas para os animais.

“Nos dias quentes, manter o pet ao abrigo do sol. Não sair passear em horários quentes, buscando sair nas primeiras horas do dia e após as 18 horas. Para refrescar, pode fazer suco de frutas (banana, maçã, morango, melancia, pera e melão) e congelar, oferecendo ao longo do dia para o pet”, destaca Portes.