Nos últimos anos inúmeras empresas foram alvo de ataques de hackers. Desta vez, o site oficial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi o escolhido pelos ciberpiratas. Segundo imagem divulgada na web, os invasores tiraram o formulário de Declaração de Saúde do Viajante do ar e substituíram pela bandeira Argentina. A ação foi considerada pela agência uma retaliação à suspensão da partida entre Brasil e Argentina. O jogo das Eliminatórias da Copa ocorreria no último domingo (5/9).
O formulário recolhe informações relacionadas à saúde, como sobre a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e é de preenchimento obrigatório para quem pretende ingressar no país.
Ao clicar na página, aparece uma bandeira da Argentina, com a seguinte frase: “Não ficamos de quarenta [sic] para passear pelos seus servidores. Vamos ser expulsos também?”
A Anvisa promete ainda nesta quarta-feira (8/9) indicar novo protocolo para viajantes. A agência acionará a Polícia Federal para apurar o caso.
Entenda o caso
No último domingo, a seleção argentina deixou o gramado nos primeiros minutos do 1º tempo do duelo contra o Brasil, na Arena Corinthians, em São Paulo.
O goleiro Emiliano Martinez, os meia Emiliano Buendia e Giovani Lo Celso e o zagueiro Cristian Romero estariam violando as regras sanitárias do país por não terem cumprido a quarentena obrigatória.
Com isso, agentes da Anvisa, que havia recomendado a deportação do quarteto, interromperam o jogo com o auxílio da Polícia Federal.
Esclarecimentos
Nesta quarta-feira, a Anvisa detalhou como foi a comunicação com o país vizinho para alertar a delegação de futebol sobre as regras sanitárias vigentes no Brasil por conta da pandemia.
A troca de informações começou em 1º de setembro, quando quatro jogadores da equipe argentina preencheram os documentos eletrônicos obrigatórios para a entrada de viajantes no Brasil, e encerrou com a autuação dos atletas.
Entre os documentos e procedimentos executados estão a consulta ao histórico de viagem, investigação epidemiológica da Secretaria de Saúde de São Paulo, comunicação aos órgãos federais, como Anvisa, Ministério da Saúde e Polícia Federal, e notificação de autoridades argentinas.