Setembro Dourado: mês de conscientização do câncer infantojuvenil

Imagem: Internet/ Ilustrativa

Setembro Dourado é reconhecido pelo mês da conscientização do câncer infantojuvenil.  A campanha foi criada com o intuito de alertar profissionais de saúde, pais e sociedade como um todo sobre os sinais e sintomas para a detecção do câncer infantojuvenil. Dessa maneira, o acompanhamento pediátrico de rotina pode ser fundamental no processo de diagnóstico e tratamento precoce.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer é a primeira causa de morte por doença em crianças e adolescentes de 1 a 19 anos aqui no Brasil. Este número representa de 1 a 3% de todos os casos de câncer diagnosticados e tem, em média, mais de 8 mil novos casos por ano. Porém o INCA chama a atenção, pois 80% das crianças e adolescentes com câncer que têm diagnóstico precoce e realizam o tratamento em centros especializados são curados. Em outras palavras, a cura está mais perto para quem descobre o câncer logo no início. Por isso, é importante que pais, professores, profissionais da saúde e demais pessoas que convivem com pessoas dessa faixa etária conheçam os principais sinais e sintomas da doença.

Dada à importância da prevenção e do cuidado com as crianças e adolescentes, a Santa Casa de Montes Claros uniu-se à Fundação Sara e à Confederação Nacional de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (CONIACC) a fim de fortalecer a conscientização em torno do tema.

A Hemoterapeuta pediátrica da Santa Casa, Dra Juliana Cerqueira destacou a importância da campanha, ela ressalta que o Setembro Dourado é marcado pela realização da conscientização sobre o câncer infantojuvenil, mês que reforça a importância do acompanhamento pediátrico de rotina e o diagnóstico precoce da doença.

Foto: Dra Juliana Cerqueira/ Redes Sociais

Além de alertar para os sinais e sintomas da doença, as ações do “Setembro Dourado” objetivam diminuir a taxa de mortalidade através do diagnóstico precoce e o tratamento de início rápido como fatores essenciais para a cura.

Juliana trabalha com a hematopediatria, que é a especialidade que cuida das alterações nas células sanguíneas (como hemácias, leucocitos, plaquetas) podendo ser benignas ou malignas, e dos órgãos hematopoiéticos (medula óssea, linfonodos ou gânglios linfáticos e o baço), além de alterações da coagulação, dentre outros. Ela destaca que dentre os cânceres mais comuns da faixa etária pediátrica destacam-se as leucemias e os linfomas, oriundos de alterações do sistema hematopoiético.

“Nesta especialidade casos suspeitos para câncer infantil são avaliados com cautela para que o diagnóstico precoce seja feito rapidamente e quando diagnosticados seguem para tratamento específico que variam desde quimioterapia, radioterapia, à necessidade de transplante de medula óssea, se necessário”.

De acordo com a doutora as crianças após o diagnóstico seguem tratamentos intensivos de quimioterapia que duram de 6 meses a 3 anos, a depender de cada caso. Elas e suas famílias são acompanhadas de forma muito próxima e todo suporte necessário é oferecido para que o enfrentamento da doença e as repercussões do seu tratamento sejam as mais leves possíveis. É feito um acolhimento global, lúdico e humanizado e as crianças e suas famílias são acompanhadas por até 10 anos após término do tratamento, garantindo a cura do câncer.

Sinais e Sintomas

O câncer pode apresentar sintomas variados, pois não se trata de uma só doença. Muitos de seus sintomas são comuns a doenças mais simples, portanto, o aparecimento de um ou mais deles não indica necessariamente um diagnóstico de câncer. Os sinais e sintomas persistentes que podem diagnosticar um câncer são:

  • Febre prolongada de causa não identificada
  • Caroço em qualquer parte do corpo, mas principalmente na barriga
  • Dores nos ossos e nas juntas com ou sem inchaço
  • Perda de peso
  • Manchas roxas, sangramentos pelo corpo sem machucados

Índice de Cura

Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica – SOBOPE, a taxa de cura do câncer infantojuvenil no Brasil ainda deixa a desejar em função da descoberta tardia da doença.A possibilidade de cura é muito maior quando a doença é descoberta logo no começo. Em outras palavras: o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil pode representar o início da sua cura.

Símbolo da Campanha/ Internet
Jornalista formado pelas Faculdades Integradas do Norte de Minas- FUNORTE em 2021. Natural de Luislândia, Norte de Minas; tem passagens por redações de jornais, e TV.