Segundo informações da Polícia Civil em continuidade às diligências deflagradas durante a operação “Boi de Ouro”, na noite dessa quarta-feira, 25, foi formalizado o mandado de prisão temporária expedido em desfavor de um investigado que estava foragido.
O suspeito é apontado como o chefe de uma organização criminosa especializada em homicídios e furtos de gados.A PC afirma ainda que o homem que estava foragido se apresentou na Delegacia acompanhado de seu advogado e quando interrogado se reservou ao direito constitucional de manter-se em silêncio.
Boi de Ouro
A operação foi deflagrada pela PCMG em 18 de maio, nas cidades de Janaúba, Jaíba e Verdelândia, Norte do estado. As equipes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão; ao todo nove pessoas foram presas, sendo sete por mandado de prisão temporária e duas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munições. A ação tinha o objetivo de investigar furtos de gado e homicídios ocorridos nas três cidades. Entre os investigados estão fazendeiros e um vereador da mesma família, além de vaqueiros que trabalhavam para eles.
A Polícia Civil havia iniciado as investigações seis meses antes. Os fatos originários da operação começaram com a apuração de dois homicídios ocorridos em Janaúba, nos anos de 2017 e 2019, quando dois vaqueiros, de 30 e 35 anos, foram mortos no município. Apurou-se que a morte dos dois homens foi motivada por “queima de arquivo”, uma vez que as vítimas faziam parte da organização criminosa chefiada pela família, especializada em furtos de gados na região.
Segundo levantado, tão logo manifestaram o desejo em abandonar a associação criada pelos parentes, os vaqueiros foram mortos. “Quando se recusaram a continuar nessa empreitada criminosa, a família, com receio de ser delatada, encomendava os homicídios. Dessa forma, os integrantes poderiam continuar praticando seus crimes sem contratempo”, explica a delegada Bruna Barros, titular da Delegacia em Jaíba.
O vereador que é suspeito e estava foragido se entregou ás autoridades e encontra-se no Sistema Prisional à disposição da Justiça.
