O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), terá um encontro na manhã de hoje com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no Palácio do Planalto. Na agenda oficial, o assunto é a Medida Provisória do Auxílio Brasil, o novo programa social do governo, que substituirá o Bolsa-Família.
Para a definição do valor que será pago, o governo vai esperar o Congresso aprovar medidas que viabilizem o pagamento do maior montante possível. Essa foi à forma encontrada diante de divergências dentro do governo sobre o tema.
Enquanto a ala política defende abertamente que o programa que irá suceder o Bolsa Família pague um benefício de R$ 400, a equipe econômica do governo diz que hoje há espaço no Orçamento da União para se pagar um valor de R$ 300 sem estourar o teto dos gastos públicos.
O presidente cogitou pagar R$ 400, o que representaria um aumento de 100% em relação ao valor máximo médio pago hoje pelo Bolsa Família, de R$ 192. Mas afirmou que o garantido no momento é um aumento de 50%, passando o benefício para R$ 300 e que o valor extra seria definido pela equipe econômica do governo.
Bolsonaro aposta no novo programa para aumentar sua competitividade eleitoral. Segundo pesquisas hoje ele perderia a disputa, mas sua equipe acredita que o futuro Auxílio Brasil e a recuperação da economia vão garantir uma melhora na popularidade presidencial, por isso a sua equipe vai tentar ao máximo aprovar o valor de R$ 400,00.
Gisele Araújo é mãe do Miguel Phelipe ela é beneficiária do programa Bolsa Família, ela conta que o valor pago atualmente é irrisório e que o governo já deveria ter pensado nessa ampliação há muito mais tempo e preocupar-se não apenas no aumento do valor, mais também na quantidade de beneficiários!
“Na minha opinião, é uma coisa necessária e urgente. Principalmente devido a nossa atual situação, muitas famílias perderam os empregos, e os que já eram pobres, ficaram mais pobres ainda, sendo privados até mesmo de ter uma comida no prato”.