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Com a flexibilização do isolamento social e reabertura do comércio na cidade, os pequenos empresários começam a dar sinais de reação diante da crise dos últimos meses e se consideram otimistas na recuperação de suas atividades, conforme mostra a pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (ISCON) de junho.
Segundo o levantamento, no mês passado, o ISCON ficou em 115 pontos, sete acima do de maio. É o maior valor registrado até o momento, desde o início da série histórica do indicador, em novembro ano passado. A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 21 de junho, com 1.029 empreendedores. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.
Ainda de acordo com o ISCON, a confiança registrada em junho é resultado, principalmente, da melhor avaliação dos empresários em relação aos últimos três meses. Patrícia Maria Carvalho é proprietária de uma papelaria em Montes Claros, e comemora os recentes resultados.
“Por conta da Covid-19, acredito que todos os empresários do país sofreram com prejuízos financeiros. Passou pela nossa cabeça fechar nosso estabelecimento por medo de não conseguir arcar com os fornecedores, já que não estava entrando dinheiro. Porém, a situação mudou com a reabertura do comércio. No mês anterior, notados um faturamento maior em relação aos demais meses, e queremos que assim permaneça”, diz a empresária.
Esse aumento no ISE demonstra uma expectativa mais positiva para o próximo trimestre. “O ISCON havia sofrido uma forte queda em março e outra queda menor em abril, meses em que houve mais restrições na economia brasileira, por conta do recrudescimento da pandemia”, afirma Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae Minas.
Segundo ele, o avanço da vacinação, a liberação de funcionamento dos estabelecimentos, além da sinalização, no início de junho, de que o pagamento do Auxílio Emergencial seria prorrogado por mais três meses, sendo pago até outubro, foram alguns fatores que contribuíram para o aumento da confiança dos empreendedores.
Para o superintendente, a confiança da Indústria e dos Serviços apresentou o maior valor no ano em junho (116). “O setor de Serviços está apresentando uma visível recuperação da confiança desde maio depois de, por vários meses, ter sido um dos com menor ISCON, junto ao Comércio”, comenta Rocha.
Já a confiança do Comércio registrou em junho o segundo maior valor no ano até o momento (111), atrás somente do atingido em fevereiro (112), que foi muito próximo.
