Profissionais da Educação Física promovem campanha de valorização da classe

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Nos últimos dias, um grupo de profissionais de educação física de Montes Claros, tem promovido uma campanha de valorização aos profissionais formados em Educação Física. Além disso, a campanha foca também que todos se credenciem no Conselho Regional de Educação Física (CREF MG) e que esta entidade intensifique a fiscalização para que pessoas não formadas exerçam a função.

Segundo um dos organizadores da campanha, o educador físico, Guilherme Fiuza, “essa campanha surgiu desde quando conseguimos unir forças dos profissionais da cidade em prol da vacinação e aí percebemos que era possível lutar por outras coisas e à partir daí criamos um grupo de whatsapp, e ainda criamos uma rede social para este grupo que conta com 250 pessoas no grupo e aproximadamente uns 100 que participam ativamente, e a nossa ideia é buscar a valorização, pois percebemos que nesta pandemia, o risco de alguma pessoa contratar um profissional sem formação é muito grande e assim coloca a sua saúde em risco, e assim pensamos em conscientizar as pessoas, além de buscar junto ao Conselho Regional de Educação Física (CREF), que seja mais atuante e comece a fiscalizar com mais atenção não deixando que isso aconteça”.

Para o educador físico Paulo Henrique Alkimim Figueiredo Martins, que é formado, e ainda é proprietário da Academia O2, em Montes Claros, contratar profissionais formados é uma forma de respeitar muito os nossos alunos. “avalio essa campanha de uma maneira bem positiva, e acredito que essa luta é legitima, pois quem é formado e que esteve na faculdade por quatro ou cinco anos adquirindo conhecimento pra repassar e melhorar a saúde das pessoas. Devemos lembrar que a Educação Física não só se limita a treinos de musculação, é muito mais complexo que isso, por exemplo, quando fazemos avaliação de um aluno temos que saber avaliar toda a parte de análise postural, qual é realmente a necessidade do aluno, além de ter um entendimento sobre fisiologia, não é simplesmente botar o aluno para pegar peso ou às vezes buscar aulas na internet e repassar não. Existe uma responsabilidade muito grande sobre nós”.

Ainda de acordo com o educador físico Paulo Henrique Alkimim, “a grande questão é de que a irresponsabilidade não parte só de quem executa a profissão de forma irregular, mas também de quem contrata, sabendo que pode estar sendo treinado por uma pessoa que não tem conhecimento suficiente para repassar aos alunos. Assim, os donos de academia, como é o meu caso, tem que se responsabilizar pelos profissionais que contratam. Pois se eles contratam uma pessoa que não é formada, ele está exercendo a profissão de forma irregular, e no meu caso não permito isso, e não só porque eu e meu irmão e sócio somos formados, mas também por respeitar os nossos profissionais. Eu sempre falo que não deixaria uma pessoa que não é formada em medicina fazer uma cirurgia em mim, então porque eu deixaria uma pessoa que não é formada em educação física, cuidar do meu corpo?”.