Número de denúncias de violência contra mulher cai em Montes Claros

A violência contra a mulher ainda é um problema frequente que percorre no mundo. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil. Apesar de serem cada vez menos aceitas socialmente, suas formas brandas permanecem e se expressam de várias maneiras. De acordo com […]

A violência contra a mulher ainda é um problema frequente que percorre no mundo. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada dois minutos, uma mulher é vítima de violência doméstica no Brasil. Apesar de serem cada vez menos aceitas socialmente, suas formas brandas permanecem e se expressam de várias maneiras. De acordo com a Lei Maria da Penha, existem cinco tipos de violência que podem ser praticados contra a mulher. São eles:

Violência física: é a agressão física, o atentado contra a integridade física, podendo ou não resultar em lesão corporal.

Violência psicológica: ações que causem danos psicológicos à mulher, como ameaças, chantagem, humilhação, perseguição, controle etc.


Violência sexual: é o ato praticado por qualquer homem que: obrigue e coaja mulheres a participarem ou presenciarem relações sexuais; pratique assédio sexual; impeça a mulher de usar contraceptivos; retire o preservativo durante o ato sexual sem que a mulher perceba; induza uma mulher a praticar aborto sem que seja da vontade dela; exponha e divulgue imagens íntimas da mulher; e explore a mulher sexualmente por meio da prostituição.

Violência moral: quando a imagem da mulher é atacada, por sua condição de mulher, por meio de calúnia e difamação.

Violência patrimonial: quando a mulher tem seus bens restringidos, subtraídos ou controlados pelo homem, retirando-se dela a liberdade financeira.

Ainda de acordo com informações descriminadas na Lei, as consequências desses tipos de violência são tão prejudiciais às vítimas, que podem levá-las até a morte.

MONTES CLAROS

Em Montes Claros, as denúncias de agressão física a mulher caíram 16% em comparação ao ano de 2019. As informações são do Relatório Criminal – Mulheres Vítimas de Violência em Montes Claros da Polícia Civil, que de 01 de Janeiro de 2019 a 11 de julho de 2021 registrou um total de 18.816 denúncias na cidade. Em 2019 foram 8094, em 2020 registraram-se 7021 e em 2021 até o momento 3701.

Segundo a titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Montes Claros, Karine Maia, houve uma redução, mas mesmo com a queda dos casos é importante manter a atenção e denunciar quando necessário.

“Aqui na cidade quando iniciou o isolamento social devido à pandemia de Covid-19, nós tivemos um aumento de solicitação de medidas protetivas em torno de quase 30%, sendo considerado um quadro bem agravado. Nesse ano de 2021 percebemos uma redução e as estatísticas comprovam isso. A violência é um mal que existe em todas as classes sociais e em todos os lugares e não deve ser tolerada pela sociedade.”, diz a delegada.

Dra. Karine informa ainda, que para a queda desses números permanecer é importante às mulheres não aceitarem qualquer tipo de violência e as orientam como agir.

“Eu quero alertar as mulheres para não admitir a violência, seja qual for o tipo, desde a psicológica que tende a aumentar muito quando se vive em um relacionamento violento, não respeitoso até às mais graves. Mulheres, não vale a pena permanecer em uma relação assim, as consequências são gravíssimas não só para a vítima, mas para toda a família. Então o melhor caminho é denunciar e pedir ajuda. Por mais difícil que seja saia da zona de conforto e enfrente as dificuldades que surgir.”, orienta a delegada.

Leila Santos
Graduada em Jornalismo pelas Faculdades Integradas do Norte de Minas – Funorte, Leila tem ampla experiência na comunicação, atuando como editora-chefe de redação, além de passagens por Tv assessorias de imprensa, agências de publicidade e jornais online. Atualmente, integra a equipe do Portal Webterra, onde alia expertise e compromisso para entregar conteúdos precisos e relevantes. Leitora voraz e engajada em causas sociais, Leila mantém seu trabalho guiado pela ética e excelência jornalística.