Desde março de 2020, quando se deu início essa pandemia do COVID-19, as pessoas estão vivendo momentos complicados com a impossibilidade de visitar um parente, amigo ou ente querido que esteja acometido pelo vírus, e pior ainda, quando esta pessoa não resiste e falece.
Para o psicólogo e psicanalista Antônio César Silva, “Desde o início da pandemia, a população tem sofrido com alguns sintomas como: insegurança, incerteza, medo e principalmente morte, que são temas que apesar de já existirem anteriormente, agora estão sendo tratados de uma forma diferente, pois no momento a rotina é outra”.
Ainda de acordo com o psicólogo, “em dias normais, quando um familiar, amigo ou ente querido adoecia, a primeira providência era a visita para conversar, saber como está. Agora se essa pessoa estiver contaminada estamos proibidos de estar perto e isso trás um desconforto muito grande. E quando morre então é ainda pior, pois aquele momento do velório e do enterro são momentos importantes para vivenciarmos esse luto e que no momento atual, na maioria das vezes, não é possível acontecer”.
“Pensando em o que fazer para amenizar isso, tenho duas sugestões, a primeira é, se está muito difícil enfrentar essa perda é importante procurar uma ajuda especializada para que seja feito esse trabalho do luto. Uma segunda sugestão é que familiares, ou amigos, reúnam e falem sobre isso, pois o falar ajuda. Uma dica é que nesta conversa as pessoas falem sobre as qualidades dessa pessoa, e quem sabe fazer uma despedida simbólica dessa pessoa. Tomara que essa pandemia acabe logo, para que possamos, conversar, abraçar, coisas muito saudáveis para todos”, finalizou o psicólogo e psicanalista Antônio César.