Para evitar o desperdício de água, o programa Água Doce concluiu 100 testes de vazão em comunidades do semiárido mineiro. Somente no Norte de Minas, 18 cidades foram contempladas – os testes visam à caracterização das atuais condições de potabilidade e consumo, por meio de estudo detalhado da qualidade da água em poços tubulares profundos.
O objetivo do programa Água Doce é implantar a tecnologia de osmose reversa, que é a aplicação de uma pressão maior nos tubos de encanação, fazendo com que a água faça o curso contrário – um dos projetos mais atuais que proporciona levar água de qualidade às comunidades mineiras do Norte de Minas, Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha.
No Norte de Minas os testes foram feitos nas cidades de Espinosa, Mato Verde, Monte Azul, Porteirinha, São João do Paraíso, Ninheira, Pai Pedro, Rubelita, Salinas, Serranópolis, Águas Vermelhas, Josenópolis, Rubelita, Mamonas, Catuti, Riacho dos Machados, Verdelândia e Gameleira.
Entre as ações realizadas nessa etapa de trabalho estão a limpeza, recuperação, coleta de água e análise físico-química de mais de 23 substâncias, além da coleta de amostras de água de 20% das residências. A ideia é que seja dimensionado e adequado os 69 sistemas de dessalinização previstos para a primeira fase, fazendo que a água bruta passe por membranas e por meio da alta pressão separa os sais, resultando na água potável.
PROGRAMA ÁGUA DOCE
O Programa Água Doce é viabilizado por meio de convênio firmado entre os governos Federal e Estadual com vistas à implementação de tecnologias alternativas para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda do semiárido brasileiro. Nessas regiões, cerca de 70% dos poços apresentam águas salobras ou salinas, e a água subterrânea, muitas vezes, é a única fonte disponível para as comunidades.