Os meses de junho, julho e agosto são considerados períodos mais favoráveis aos incêndios considerados naturais – a mata muito seca, aliada a ventos fortes, favorece a formação de chamas. Entretanto, o que tem ocorrido nas últimas semanas em Montes Claros, são os incêndios urbanos. Dados do Corpo de Bombeiros apontam que nos cinco primeiros meses deste ano foram registradas 50 queimadas, sendo que 39 foram em território urbano.
Os incêndios provocados na vegetação urbana são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. De acordo com o órgão, a maioria destas queimadas ocorrem de forma proposital, o que é crime.
O secretário de Meio Ambiente, Soter Magno, destaca que muitas vezes, o fogo começa de maneira simples, queimando lixo ou mato em lotes vagos, mas, pode ter grandes proporções.
“Queimar lixo ou colocar fogo em lote vago é crime ambiental. Pois, além de poluir o ar, gerando problemas respiratórios para a população, esse tipo de ação pode sair do controle e ter dimensões maiores”, pontua o secretário.
Já o Corpo de Bombeiros é responsável pelos incêndios fora do perímetro urbano, como em reservas (públicas ou particulares) e florestas. No ano passado, foram registrados 115 incêndios florestais, sendo que 96 ocorreram dentro de Montes Claros.
“A gente tem observado que 90% dos incêndios florestais são causados pelos humanos: o próprio dono do terreno ás vezes utilizam fogo para limpar o lote. O tempo seco é propício para que as chamas se espalhem e fiquem difíceis de controlar”,
De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, os incêndios florestais afetam o meio ambiente, comprometendo a qualidade do solo, da água, da vegetação e do ar. Além disso, a fumaça é tóxica e agrava doenças respiratórias – já em situação crítica nessa época. O fogo pode ainda secar nascentes e reduzir a disponibilidade de água potável.
Ao atingir casas, plantações e rede elétrica, traz também enormes prejuízos econômicos para as famílias e para o Estado, colocando em risco a vida das pessoas.