Cresce o número de atendimento a pacientes para exames e consultas cardíacas

Neste período de pandemia as pessoas procuram evitar ao máximo o comparecimento aos hospitais para realização de exames e consultas, mas o Prontosocor de Montes Claros, por não atender mais pacientes com COVID-19, tem percebido um crescimento gradativo destes atendimentos.

Segundo André Mori, administrador hospitalar do Prontosocor de Montes Claros, “esse medo era a realidade que o hospital ao qual administra estava tendo até dias atrás. Porém, no início de junho, quando deixou de ser referência e assim, se tornou o único hospital da cidade a não atender os casos de Covid, resultou no aumento de pessoas procurando consultas e exames, principalmente por aqueles pacientes que estavam precisando de atendimento médico e relutava em entrar em um hospital.

Ele relata ainda, que somente nesta semana o aumento de consultas e exames foi superior a 30%, se comparado ao mesmo período dos meses anteriores. Com isso, o hospital está ampliando as agendas de atendimentos, ampliando seu quadro clínico e de exames oferecidos. Ao ser perguntado a respeito das cirurgias eletivas, enfatizou que, “existe uma grande quantidade de pessoas aguardando marcação, mas o decreto em vigor, somente permite as que são de urgência e emergência. E tão logo seja liberada, estamos com equipe e infraestrutura pronta para atender mais esta demanda”.

Para cardiologista Paulo Roberto Alves de Araújo, esse sumiço das pessoas no período de pandemia era previsto, “A principal hipótese para esse “sumiço” é o medo de contaminação pelo Sars-CoV-2, que julgam ser mais perigoso do que essas outras doenças, o que não é verdade. O risco de ter um infarto em casa e morrer por não procurar um pronto-socorro é muito maior do que pegar a covid-19”.

O especialista confirma que ele e seus colegas notaram uma redução drástica de pacientes com emergências cardiovasculares, como infarto e AVC. “as pessoas estavam indo ao hospital só quando ocorria um agravamento do quadro, o que é muito perigoso”.