Polícia Civil inicia Campanha de coleta de DNA de familiares de pessoas desconhecidas

Os delegados Jurandir Rodrigues e o médico legista Juliano Barreto falaram à imprensa na manhã desta terça-feira (FOTO - ASCOM PC)

Com objetivo de atualizar os dados de pessoas não localizadas e trazer respostas a essas famílias, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lançou em Montes Claros na manhã desta terça-feira (15), o Projeto de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. Para esclarecer o assunto os delegados, Jurandir Rodrigues e Herivélton Santana, e ainda, o Médico Legista, Chefe do Posto Médico Legal Juliano Barreto concederam uma coletiva de imprensa.

Os delegados Jurandir Rodrigues e o médico legista Juliano Barreto falaram à imprensa na manhã desta terça-feira (FOTO – ASCOM PC)

A coleta de DNA está prevista para acontecer no período de 14 a 18 de junho. O Médico Legista Juliano Barreto, Chefe do Posto Médico Legal em Montes Claros, ressalta que esse é um trabalho contínuo. “A ideia é propor visibilidade para atingirmos o maior número de pessoas, entretanto a campanha não tem data para terminar”, disse. As coletas serão realizadas no Posto Médico Legal em Montes Claros, situado na Rua Monte Paschoal, S/N, no bairro Ibituruna.


A coleta de material genético de familiares de desconhecidos já é feita pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) há alguns anos. A PCMG, integra a campanha promovida pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública e, fará um mutirão de coleta do material genético desses familiares, que é inserido em um banco de dados nacional. No mesmo banco, é inserido material genético de corpos e ossadas de desconhecidos. O objetivo é, então, identificar esses corpos e ossadas, dando respostas aos familiares e auxiliando ainda em questões civis e criminais.


Desaparecimentos no interior


Em caso de desaparecimento no interior, a competência investigativa é da delegacia onde o fato ocorreu. Todas as unidades da PCMG, de comarcas, municípios ou regionais, no interior, têm atribuição para investigar os casos de desaparecimento ocorridos nestes locais.

Para registrar o desaparecimento, o cidadão deve procurar a unidade policial mais próxima (Polícia Civil ou Polícia Militar), portando documento de identificação e fotografia da pessoa desaparecida para que seja confeccionado boletim de ocorrência de desaparecimento. A solicitação também pode ser realizada pela Delegacia Virtual.

Vale ressaltar que não é necessário esperar 24 horas para tomar alguma providência. O boletim de ocorrência deve ser registrado o mais rápido possível, quando o solicitante identificar que houve quebra da rotina da pessoa desaparecida em questão.

IMPORTANTE

O Delegado Regional Herivélton Ruas Santana esclarece que é de suma importância a necessidade de registro da localização da pessoa que se encontrava desaparecida.
“Logo que a pessoa que estava desaparecida for encontrada, ela ou um familiar de primeiro grau deve se dirigir a uma unidade da Polícia Civil ou Militar e, então, registrar essa localização” disse.

Para maior efetividade do cruzamento de dados, a recomendação do Ministério da Justiça e Segurança Pública é que, preferencialmente, os familiares de primeiro grau, como pai, mãe, filhos e irmãos, se apresentem para a coleta. O DNA do desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, como escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, entre outros.

De acordo como Delegado Geral, Jurandir Rodrigues, as coletas são voluntárias e ocorrem simultaneamente em Montes Claros e Januária (Posto Médico-Legal, que fica na rua Maestro Manoel Leite, 50, bairro Bandeirantes). “A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas tem como objetivo auxiliar aqueles que procuram por um ente querido desaparecido, não importa há quanto tempo, procurem os postos de coleta e forneçam o seu DNA”, ressaltou.