A Seleção Brasileira feminina de Basquete inicia, nesta sexta-feira (11), os compromissos na AmeriCup da modalidade, em San Juan, Porto Rico. A estreia é diante do El Salvador, às 19h10. Quem terá a chance de debutar vestindo a camisa verde e amarela, é a montes-clarense e pivô da Associação Universitária dos Estados Unidos (NCAA), Kamilla Cardoso.
Com apenas 20 anos, a mais nova do elenco e grande promessa, a atleta vive há mais de quatro anos nos Estados Unidos. Nos dias de preparação para a competição, a norte-mineira teve a oportunidade de treinar ao lado da capitã, Érika, de quem ela se considera fã.
A trajetória de Kamilla começou aqui na maior cidade do Norte de Minas e dentro da escola. É o que conta o treinador Rogério Santana, que acompanhou de perto a evolução. “Kamilla começou dentro do programa Montes Claros Olímpica, quando tinha 11 anos. Paralelo ao programa, que era desenvolvido pela prefeitura, na Praça de Esportes, a gente fazia junto às escolas, com a participação nos jogos escolares. Ela começou dentro deste programa, que foi desenvolvido numa concepção de educação física. O secretário Andrey Souza, à época, que liderou toda a equipe de professores”, explicou.
Não demorou muito para a jovem despontar como campeã Mineira e Brasileira escolar, conquistando vários prêmios individuais. Após brilhar nas quadras, ela foi convocada pela Seleção Mineira pela primeira vez, quando Rogério era o técnico.
“Ela foi para a equipe de 15 anos, quando tinha 13. Foi convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira sub-15, indo para a fase de treinamento, mas não participou da competição”, completou.
SUCESSO NOS EUA
Com apresentações de encher os olhos de qualquer treinador e clube, a pivô se transferiu para os EUA e entrou na fase escolar, sendo também destaque e tendo média de 30 pontos por jogo. Quando atuava no Brasil, a média era de 45. Mais tarde, a gigante de 2m de altura entrou no universitário. Já no primeiro ano, conquistou prêmios individuais e foi escolhida a melhor defensora da Liga na categoria. Recentemente, se mudou para Carolina do Sul, local que faz parte do Top 5 da Universidades no país.
Em conversa com o portal WebTerra, Rogério falou importância de fazer um paralelo da história da jogadora e como pode servir de espelho tanto para outros jovens quanto para o poder público, bem como menciou os desafios na carreira.
“Este é o grande desafio dela de jogar com as melhores jogadoras dos Estados Unidos. Ela está sendo monitorada o tempo todo. Em todos os lugares do mundo. Já tivemos propostas para ir a Espanha e Austrália, mas é a terceira vez que ela é convocada para a Seleção Brasileira Adulta. Nas outras duas vezes, ela foi cortada. A gente está numa expectativa boa. Sabemos que ela vai ter pouco tempo de quadra e esperamos que cada segundo, minuto que ela possa se firmar mais além da carreira internacional.
No torneio, o Brasil está no Grupo A, ao lado de Canadá, Colômbia, El Salvador e Ilhas Virgens. Os jogos vão dos dias 11 ao 19 de junho.