Será enterrado hoje, em Montes Claros, menino que morreu pós ser picado por escorpião

Uma criança de 10 anos morreu na tarde desta quarta-feira (10), em Montes Claros, depois de ter sido picado por um escorpião.

O velório reservado para poucas pessoas acontece no bairro Vila Castelo Branco, onde a criança morava com a avo, a mãe e um irmão. Familiares de Gustavo Rodrigues Souza contaram que o menino estava em um sítio da família no município de Patis, quando foi atacado pelo bicho.

No primeiro momento a família não percebeu que ele tinha sido picado por um escorpião. Como ele se queixava de dores nos dedos e na mão eles decidiram procurar um hospital por volta de cinco da manha desta quarta. Quando foi à tarde ele não resistiu.

No laudo do Hospital Santa Casa, a causa da morte foi choque cardiogenico, escorpionismo. A equipe medica informou para familiares que Gustavo faleceu por volta de 1h da tarde de parada cardíaca e com água nos pulmões.

Gustavo será enterrado na tarde desta quinta-feira (10), no Cemitério Jardim da Esperança.

ATAQUES EM NÚMEROS

O Hospital Universitário Clemente de Faria reforça o alerta para os perigos com animais peçonhentos nesta época do ano. Os ataques ultrapassaram os seis mil casos em 2020 no Hospital da Unimontes, com maior incidência de ataques de escorpiões: 44,49%

De acordo com os números do Escritório da Qualidade do HUCF, em 2020, foram atendidas na unidade 2.689 vítimas de picadas de escorpião, 3,24% a menos do que os casos de 2019 (2.770). No ano passado, janeiro foi o mês com maior quantidade de pessoas atacadas pelo escorpião, com 705 casos – contra 667 ataques registrados em 2019 – queda de 5,39% em relação a janeiro do ano retrasado (5,39%).

As cobras estão como a segunda maior causa de acidentes com espécies venosas registradas pelo serviço especializado do HUCF, um aumento de 7,23% dos atendimentos de um ano para outro – 252 (2020) contra 234 (2019).

Em 2020, o HUCF atendeu 54 pessoas atacadas por aranhas, 15,62% inferior ao número de vítimas da mesma espécie no ano anterior (64). Os casos de vitimas de abelhas e vespas em 2020 foram 54, queda de 29,62% em relação aos caos de 2019 (38).

Foram atendidas pela unidade hospitalar sete vítimas atacadas por artrópodes em 2020 – aumento de 40% em relação a 2019 (cinco casos). E, em último lugar, outros répteis com um ataque em 2019 e nenhum no ano passado.

Ainda conforme os dados do Escritório da Qualidade do HUCF, em 2020, houve o registro de 20 ataques de animais venenosos não identificados, com redução de 53,84% em comparação com os 65 casos de 2019. Ainda no ano retrasado, a unidade ambulatorial atendeu a uma vítima de “répteis não identificados”, não ocorrendo nenhum caso semelhante em 2020.