A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu em Espinosa, no Norte do Estado, investigação relativa a uma Organização criminosa atuante na região. Os integrantes são envolvidos em crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, homicídios, porte ilegal de armas de fogo, receptação, dentre outros.
A investigação durou cerca de um ano e meio, nesse período foram deflagradas duas Operações, em março e agosto do ano passado, quando a PCMG realizou a primeira e segunda fase da Operação Anuros, que resultou na prisão de 11 pessoas. O inquérito policial que possui mais de 1.700 páginas reuniu vasto conjunto probatório, com provas de que o bando possuía intensa atividade no Norte de Minas Gerais e no Sudoeste da Bahia. Dois homens de 34 e 39 anos, que exerciam a função de chefia foram presos preventivamente, nesta quarta-feira.
O cumprimento dos mandados aconteceu na quarta-feira (28/4), com a prisão do líder da organização e um dos gerentes do tráfico, subordinado ao primeiro. Um terceiro investigado que também exerce papel de gerência na associação, obteve a ajuda de familiares para fugir da ação policial. Durante a abordagem, o investigado abandonou o veículo no meio da rua e, com apoio da mãe e de uma tia, conseguiu fugir pelos fundos de sua residência. O foragido encontra-se com Mandado de Prisão Preventiva em aberto.
De acordo com o Delegado Eujécio Contrim, as duas mulheres que ajudaram na fuga do suspeito, mãe e tia do investigado, vão responder pelo crime de crime de favorecimento pessoal, além disso, durante análise de dados telefônicos, bancários, fiscais, documentais e provas testemunhais, ficou comprovado que elas atuam na organização criminosa, especialmente, na lavagem de capitais do Bando, por isso, foram indiciadas no Inquérito Policial.
“Em relação a essas mulheres ficou evidenciado o uso do comércio de produtos para lavagem de dinheiro, além de compras e vendas de veículos, cargas transportadas em caminhão baú e diversas transações bancárias com outros sujeitos relacionados ao tráfico de entorpecentes”, comentou.
Nas duas fases da “Operação Anuros” deflagradas em Espinosa, no ano passado, a Polícia Civil prendeu 11 membros da associação, sendo oito na primeira e três na segunda fase. Com as prisões ocorridas nesta quarta-feira (28), a PCMG efetivou a prisão de 13 suspeitos de integrar o grupo criminoso. Em datas distintas, outros 3 participantes do bando foram detidos, totalizando 16 prisões.
As ações policiais também impactaram no patrimônio do grupo criminoso, houve por parte da instituição, nesse um ano e meio, a apreensão de armas, munições e veículos. Os carros foram sequestrados judicialmente pela polícia, gerando uma perda de cerca de um milhão de reais ao patrimônio ilegal do bando. Dentre os veículos que estão à disposição da Justiça citamos, a título de exemplo, um caminhão Scânia, uma caminhonete Amarok, um Gol, um Hiunday Elantra, um Honda Civic, uma caminhonete Fiat Strada.
Os investigados atuavam em uma das células da organização com importante função na distribuição das drogas aos consumidores finais, especialmente, em festas e para menores de idade. Dentre aqueles que foram presos na segunda fase, um dos gerentes e dois suspeitos, exerciam a função de cometer homicídios em desfavor dos desafetos do chefe da associação.
As investigações foram concluídas e, nos autos, foram juntados comunicações, dados bancários, financeiros, telefônicos, fiscais, perícias e provas testemunhais. Os suspeitos vão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, homicídios, porte ilegal de armas de fogo e receptação.
Os suspeitos presos estão no Sistema Prisional à disposição da Justiça.