Quando procuramos um bom filme para assistir na Netflix, o que queremos, acima de tudo, é uma história envolvente e que nos prenda por cerca de duas horas. Por isso, é muito comum que as pessoas acabem decidindo o que vão ou não assistir nas plataformas de streaming com base em alguns segundos de trailer ou uma pequena descrição.
Porém, sempre há aqueles que buscam mais informações sobre os títulos que a plataforma possui, principalmente para ter certeza de que se trata de uma história bem contada e divertida. E se tratando de cinema nacional, vamos apresentar aqui alguns dos títulos mais relevantes que podem ser encontrados por lá.
Aquarius (2016)
Dirigido por Kléber Mendonça Filho, considerado um dos maiores diretores de cinema do Brasil na atualidade, Aquarius é um filme que apresenta um olhar contemporâneo sobre uma questão não tão nova assim: o direito de permanecer – e envelhecer – onde você construiu sua vida.
Construção, aliás, é uma boa palavra para explicar do que se trata o filme. Na história, Clara (Sônia Braga) defende seu apartamento do assédio de uma construtora. A história do apartamento acaba se confundido com a própria história de Clara, já que foi lá onde ela construiu sua vida. E ao longo do filme, percebemos as nuances que existem na relação das pessoas com sua terra.
Além da excelente atuação de Sônia Braga, o elenco ainda conta com Humberto Carrão, Maeve Jinkings e Irandhir Santos. Aquarius esteve na competição principal do Festival de Cannes, um dos mais importantes do mundo e, apesar de não ter sido premiado, foi muito bem recebido pela crítica nacional e também pela internacional.
Elena (2012)
Petra Costa é também hoje considerada uma das diretoras mais influentes de todo o Brasil, com obras como Olmo e a Gaivota (2015) e Democracia em Vertigem (2019) tendo um reconhecimento enorme por parte de público e de crítica.
Porém, a obra que lançou a diretora para o grande público é Elena, de 2012. No documentário, a narração de Petra (algo que acabou se tornando uma marca em sua filmografia) tem um tom melancólico e amoroso ao mesmo tempo.
Ela busca sua irmã Elena, que há 20 anos tinha ido para Nova York em busca do sonho de ser atriz. Petra, agora também em Nova York, reflete sobre a vida de sua irmã, sobre a falta que ela a faz e, de alguma forma, também sobre sua própria vida.
O documentário tem um tom bastante pessoal, o que acabou agradando a muitos festivais. Para se ter uma ideia, Elena foi premiado no Festival de Brasília, no Los Angeles Brazilian Film Festival e no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, entre diversos outros.
A Cidade Onde Envelheço (2016)
O momento atual talvez seja um dos mais prolíferos para o cinema produzido em Minas Gerais e que é visto como um dos que pode gerar mais frutos nos próximos anos. Esse assunto, e o futuro do cinema nacional como um todo, foi inclusive um tema-chave da edição da Mostra de Cinema de Tiradentes de 2021.
E um dos maiores exemplos disso é A Cidade Onde Envelheço, de Marília Rocha. Na história, uma jovem portuguesa que mora no Brasil recebe uma amiga de longa data. A relação entre as duas explora os pontos positivos e negativos de viver longe de seu país de origem: enquanto uma está encantada em viver em um novo lugar, a outra lida com a saudade dos seus costumes e da família.
Os três filmes que listamos aqui foram produzidos e lançados na última década, o que mostra a força do cinema nacional e sua evolução. É interessante também perceber como diversos temas são trabalhados: enquanto um filme fala sobre o direito de permanecer em sua casa, os outros dois abordam histórias de pessoas que se aventuraram muito longe de onde nasceram.
O cinema nacional tem histórias de qualidade para todos os gostos. E além desses filmes que citamos, há muito mais que pode ser explorado na Netflix e outros serviços de streaming. Basta escolher qual é o que você mais gosta e se divertir!