A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) realizou uma reunião com o engenheiro Wainer Nether, coordenador do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), para discutir a situação das rodovias federais que cortam o Norte de Minas, com ênfase nas BRs 251, 135 e 365.
Segundo a entidade, o foco principal foi a duplicação da BR-251 e a pavimentação do trecho de Itacarambi-Manga. Além do presidente da Amams e prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, participaram o vice-presidente e prefeito de Buenópolis, Célio Santana, além dos prefeitos Cleber Nascimento, de Novorizonte e Diego Braga Fagundes, de Grão Mogol, o secretário-executivo Ronaldo Dias; o superintendente de Desenvolvimento, Walter Abreu e o coordenador jurídico, Filipe Leal.
O presidente da Amams, José Nilson Bispo de Sá, explicou que a duplicação da BR 251 é uma luta antiga de todo Norte de Minas e que no Pró-Brasil, do Governo Federal, está programado para o primeiro trimestre de 2022 a publicação do edital e para o segundo semestre a licitação da concessão. Ele pediu orientações do DNIT sobre essa concessão.
O coordenador Wainer Nether explicou que nos estudos realizados em 2017, a duplicação da BR-251 estava calculada em R$ 700 milhões, com várias obras de trincheiras nas entradas das cidades. Com a atualização dos valores, o custo é de R$ 1,2 bilhão. Observou que entregar a rodovia para a iniciativa privada é uma grande solução e que o trecho é atrativo, pois tem um fluxo contado há dois anos de 11,2 mil veículos por dia, sendo 52% deles de carga pesada.
No caso da BR-135, o coordenador lembrou que o Governo Federal reassumiu o trecho de Itacarambi-Manga e isso permitirá asfaltar a rodovia, cujas obras foram embargadas em 1988. Para ele, a relevância da BR-135 é por criar uma nova rota de escoamento da produção do Norte de Minas, interligando a região com o Oeste da Bahia e Norte do Brasil e ainda desafogando as BRs 251, 101 e 116.
Ainda segundo o coordenador Wainer Nether, o Dnit, de imediato, tem R$ 20 milhões para iniciar a obra, enquanto se busca mais recursos federais. O presidente da Amams se prontificou a acelerar os entendimentos para buscar novos recursos.