Na última semana, um experiente juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública de Montes Claros, decidiu que a chapa apoiada pelo PT e encabeçada pelo prefeito de São Romão, Marcelo Meireles, fosse anulada e que fosse proclamada como chapa única a encabeçada pelo prefeito de Claro dos Poções, Norberto Marcelino, por ser a única que atendia critérios estatutários e do edital.
A decisão foi notificada à comissão eleitoral durante a assembleia geral, no último dia 1º de fevereiro, mas não foi obedecida, portanto, já se esperava que o juiz mantivesse a decisão devido às inúmeras provas de irregularidades apontadas na chapa de Meireles.
Após a decisão ser mantida, uma página de internet que se intitula ‘Jornal’ deu início a uma série de ataques ao judiciário, colocando em dúvida a seriedade do juiz da causa.
Nesse final de semana, o prefeito Marcelo Meireles publicou nota de esclarecimento informando não ter participação nessa divulgação que foi feita com o intuito de descredibilizar o juiz; disse ainda que respeita o Dr. Francisco Lacerda, reconhecendo que o magistrado sempre exerceu com denodo e imparcialidade sua função de juiz de direito.
A página no Facebook que atacou o judiciário é de um homem com ligações pessoais com o deputado federal Paulo Guedes, que tem demonstrado total interesse na permanência de Marcelo Meireles na presidência do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (CISRUN), pois, segundo informações, ele pretende manter mais de 250 afilhados políticos em cargos dentro da entidade.
O que tem chamado a atenção é o fato do grupo petista comemorar vitória nas eleições sendo que já havia uma decisão judicial anulando a chapa anunciada como vencedora, além de que vários prefeitos apoiadores da outra chapa foram impedidos de participar da assembleia e lavraram boletim de ocorrência ao final do evento.
Agora cabe ao Marcelo Meireles recorrer, caso discorde da decisão judicial, uma vez que se a assessoria jurídica do Consórcio recorrer da decisão ficará mais uma vez comprovado o interesse da atual diretoria em burlar as normas para manter o candidato do PT na presidência.