Na última semana, foi divulgada a edição 2020 do “Índice de Cidades Empreendedoras”, que é uma pesquisa realizada através de parceria entre a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), instituição que capacita servidores públicos, e a Endeavor, organização que incentiva o empreendedorismo.
Na classificação geral do estudo, que analisou dados dos 100 municípios brasileiros mais populosos, a maior cidade do Norte de Minas ocupa a 67º colocação. Mas, se analisarmos as categorias isoladamente, podemos ver que Montes Claros se destaca em virtude da característica de polo educacional, pelo grande número de instituições de ensino técnico e faculdades.
Na categoria “Capital Humano”, Montes Claros ficou no 39º lugar, o que coloca a cidade à frente de 13 capitais brasileiras, como Porto Alegre (49ª posição), São Paulo (60ª), Salvador (62ª), Belém (65ª) e Fortaleza (69ª). A categoria avalia o acesso e a qualidade da mão de obra básica, através da nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); da nota média do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); da proporção de adultos com, pelo menos, ensino médio completo; e pelo número de matrículas no ensino médio, técnico e profissionalizante.
A mão de obra com mais qualificação também é contemplada na categoria “Capital Humano” e avaliada pela proporção de adultos com ensino superior completo; valor médio de salários de dirigentes de empresas; e pela proporção de concluintes de cursos de alta qualificação. Segundo o estudo, “índices educacionais elevados são relacionados a investimentos eficientes realizados pela Prefeitura Municipal e pelo Governo do Estado na educação pública dos municípios e estados, tanto em relação ao acesso como em relação à qualidade”.
Os outros municípios mineiros presentes na pesquisa ficaram nas seguintes colocações na categoria que avalia a mão de obra disponível: Juiz de Fora (4º lugar), Belo Horizonte (9º), Uberlândia (17º), Uberaba (46º), Contagem (70º), Betim (80º) e Ribeirão das Neves (97º). A pesquisa utilizou dados consolidados e públicos de diversas entidades, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros.