O estudo contínuo em Geografia da Saúde, que o Departamento de Geociências e o mestrado em Geografia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) realiza desde março sobre a Covid-19, aponta que de agosto a novembro, o os casos de coronavírus no Norte de Minas aumentaram 2,5 vezes mais (em 244%). Saíram de 6.935 em 14 de agosto para 23.870 até o dia 17 de novembro.
O histórico de registros organizados na pesquisa mostra que os dois primeiros registros na região foi em 7 de abril. Em 20 de maio, a região chegou à primeira centena de infectados (110) e em 10 de julho, passou dos mil casos (1.896). Já em 30 de agosto, a região atingiu aos 10,7 mil contaminados pelo novo coronavírus.
De acordo com os pesquisadores, este avanço mais intenso, está associado a diversos fatores, como a maior flexibilização no fluxo de pessoas em diferentes atividades e serviços. No entanto, é preciso levar em consideração também o aumento significativo nos testes, principalmente em Montes Claros.
O total na região, (23,8 mil), representa 6,2% do total confirmado em Minas Gerais. Todas as 89 cidades do Norte de Minas já têm registros da doença. Botumirim era o último município norte-mineiro que ainda não apresentava registros oficiais de casos; os três primeiros foram confirmados ao final de outubro.
O levantamento mostra ainda que houve mortes em 61 cidades norte-mineiras. Até 17 de novembro, 444 pessoas perderam a vida por causa da doença, sendo que 45% destes óbitos aconteceram em Montes Claros.