Com a facilidade ofertada pelos programas e aplicativos de criação e edição de imagens, muita gente pode facilmente se apresentar como designer gráfico. Além da criatividade, dinamismo e bastante senso de humor, a profissão também requer domínio de técnica, o que só pode ser conquistado por meio de cursos – de graduação ou livres – e muita prática. Nesta quinta-feira (05), em meio aos pedidos urgentes de clientes para refazer peças, os designers comemoram o Dia Nacional do Designer Gráfico.
Estudante de Engenharia Elétrica, Amós Silva transformou o hobby de edição de imagens e fotografia em renda para driblar o desemprego. “Tudo começou como uma brincadeira, sempre gostei de editar fotos, trabalhar com a manipulação de imagens nos programas de edição. Até que vi que isso poderia me trazer algum retorno financeiro, então resolvi investir em cursos na área e hoje consigo tirar uma renda com isso”, revela. No perfil do Instagram, o @plurartsz, ele expõe as suas criações com o intuito de atrair clientes.
Formado desde 2005 na área e com mais experiência no mercado de trabalho, o designer Ricardo Kyukawa enfrentou diversos obstáculos ao longo da profissão, mas não desistiu. “No começo, sempre havia aquela brincadeira de ‘o sobrinho do chefe faz’ ou ‘é só uma marquinha, não demora tanto’ e isso mostrava o quanto que o profissional era desvalorizado. Hoje, as empresas enxergam o papel e a importância do profissional no mercado de trabalho e isso me enche de orgulho”, diz.
Atualmente, o papel do designer é ainda mais amplo. É ele quem lida também com a parte funcional dos produtos e do relacionamento com o cliente. Um exemplo disso é a atuação do profissional na criação de interfaces de aplicativos que têm o olhar voltado para as experiências do usuário com os aplicativos, sistemas ou sites.
“Durante toda a minha carreira, nunca vi essa expansão que está acontecendo agora, ganhando novas frentes e novas formas de trabalho. Hoje, a grande maioria que atua nessa área de UX (User Experience) / UI (User Interface) são designers e isso foi uma transformação que a área teve e que está bem em alta porque é um conhecimento super relevante para as empresas. Nosso papel é estar atentos às novas tendências pensando sempre na funcionalidade. Não basta somente deixar as coisas bonitinhas”, aponta o profissional.
Raio-X da profissão
O designer gráfico atua com projetos de comunicação visual, visando atender as necessidades do mercado relacionadas à identidade visual, usabilidade de interfaces (UI e UX), etc. Por atuar tanto com produtos digitais, quanto com impressos, o campo profissional sofre bastante influência das inovações tecnológicas do mundo digital que disponibilizam ferramentas para criação e produção de peças gráficas. Normalmente, os designers utilizam softwares como Photoshop, Illustrator, Corel, InDesign, After Effects, entre outros.
Em geral, um designer passa, em média, quatro anos cursando uma faculdade para obter diploma de graduação. Cursos tecnólogos duram a metade deste período. Ter afinidade com desenho e gostar de arte são características desejáveis para quem pretende seguir carreira em Design Gráfico. Gostar de tecnologia é também importante, pois a atuação exigirá a utilização de muitas ferramentas de computação gráfica. As possibilidades de atuação são amplas, de estúdios de design, à agência de publicidade e empresas em geral que sabem o valor da comunicação.
Fonte: Agência Educa Mais Brasil