Considerada doença sazonal que apresenta aumento de casos entre os meses de dezembro e maio, a dengue ronda Minas Gerais desde a década de 1980. Nos anos 2000, a chikungunya e o zika vírus – arboviroses de extremo impacto na saúde pública – começaram a ser registrados no estado e, de lá para cá, a infestação pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, já chegou a 97,8% dos municípios mineiros.
Assim como a dengue, a febre chikungunya é transmitida pelo Aedes aegypti e se destaca pelo alto poder de transmissibilidade e susceptibilidade da população exposta.
Este ano, o risco da ocorrência simultânea da pandemia de Covid-19 com as epidemias associadas de dengue, zika e chikungunya fez com que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) estruturasse um Plano Estadual de Contingência para enfrentar o período sazonal das arboviroses urbanas.
O objetivo é que o plano detecte, precocemente, o aumento de transmissão das doenças para desencadear ações de contingenciamento. E, consequentemente, levar à redução da mortalidade por conta destes agravos.
A estratégia prevê ações segmentadas por eixos, implementadas em três fases, monitoradas por meio de indicadores. Detectado o risco em qualquer unidade territorial do Plano de Contingência, uma ação coordenada de resposta deverá ser encaminhada pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, com participação das demais subsecretarias que compõem a SES-MG. Um comitê gerido pela Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses deverá se reunir semanalmente, de dezembro a maio, para análise dos indicadores.
A partir deste Plano de Contingência, os gestores municipais deverão estruturar os planos de seus territórios. Para auxiliar neste processo, a SES-MG providenciou oficinas preparatórias para as referências técnicas das Unidades Regionais de Saúde, que deverão estabelecer cronogramas para replicação de informações e apoio à suas áreas de abrangência.