Os preços da cesta básica apresentaram uma variação de 4,62% em agosto, em Montes Claros. A informação é do relatório mensal do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Departamento de Economia da Unimontes.
Os “vilões” foram o óleo de soja (33,54%), leite tipo C (15,22%), banana (12,99%) e o arroz (9,85%), este último que tem confirmado a tendência de alta no preço também neste início de setembro, por causa da maior demanda no mercado e do aumento no volume de exportações brasileiras, especialmente para o mercado asiático.
A professora e coordenadora do IPC/Unimontes, Vânia Vilas Boas explica que, “com a valorização do dólar, que influencia bastante os preços dos alimentos, o consumidor se deparou nos últimos meses com os custos mais caros para os alimentos básicos, especialmente de produtos considerados como commodities agrícolas, caso da soja, milho e o arroz. E com a alta do dólar, o setor exportador viu a oportunidade de ampliar os ganhos ao abastecer o mercado externo e, com isso, reduzindo a oferta para o mercado doméstico”, explica
Caiu e Subiu
A medição positiva em agosto acontece depois de dois meses de quedas. Em junho, a inflação específica para a cesta básica na maior cidade do Norte de Minas foi negativa, com – 5,77% – a chamada deflação. Contribuíram para esse cenário as reduções nos preços de batata, tomate e café. E, em julho, o índice foi de – 1,64%, com influência maior da queda de preços do feijão, batata e da farinha.
Em outra comparação, a cesta básica no mês anterior custou 35,93% do salário mínimo, o que corresponde a R$ 375,45. Em julho, o valor foi de R$ 358,87 e, em junho, 364,85%.
Acumulado
O acumulado do ano, segundo o IPC/Unimontes, específico para a cesta básica, é de 11,26% de inflação.
A pesquisa mensal alcança 400 estabelecimentos comerciais distribuídos pelos mais de 150 bairros da cidade, e considera sete grupos distintos: alimentação, vestuário, habitação, artigos de residência, transporte/comunicação, saúde/cuidados pessoais e educação/despesas pessoais.