O governo vai renovar o auxílio emergencial até o final do ano. O auxílio, hoje de R$ 600, passará a ser de R$ 300 e será prorrogado por quatro meses.
O auxílio emergencial começou a ser pago em abril para amenizar os impactos da pandemia do novo coronavírus e chega a mais de 60 milhões de famílias.
O presidente Jair Bolsonaro fez o anúncio ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e de líderes do governo no Senado e da Câmara. “O valor é 600 é muito pra quem paga, no caso do Brasil”, disse Bolsonaro sobre a mudança no valor atual e que decidiu reduzir o valor “até atendendo à economia”.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre a reforma administrativa, que disse que será enviada ao Congresso. A proposta era um dos objetivos de Paulo Guedes para esse ano, mas o governo havia decidido enviá-la somente no ano que vem. Agora, a expectativa é que a reforma seja enviada ao Congresso ainda nesta semana.
O novo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), também presente no anúncio sobre o auxílio emergencial, disse ainda que o recado é de “responsabilidade fiscal”. “O recado que queremos dar é de responsabilidade fiscal, rigor das contas publicas e cumprimento do compromisso de manter o teto de casos”, disse. “Nós queremos manter o teto de gastos, temos o compromisso de manter o teto”.
Renda Brasil
Barros e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, também falaram sobre o Renda Brasil, programa de distribuição de renda que o governo Bolsonaro quer implementar para substituir o Bolsa Família com um valor maior.
A expectativa era que o Renda Brasil fosse anunciado no mês passado, mas desavenças entre a equipe de Guedes e alas do governo fizeram o anúncio ser adiado. O governo ainda não bateu o martelo sobre um possível valor.
O Bolsa Família hoje fica na casa de no máximo 200 reais por família, a depender do número de membros. No anúncio da renovação do auxílio emergencial, Bolsonaro disse que o valor de 300 reais é “50% superior ao Bolsa Família”. O presidente não deixou claro se o valor será o mesmo para o Renda Brasil.
Em quase todos os estados brasileiros, o número de beneficiários do auxílio emergencial já supera o de trabalhadores com carteira assinada. O cenário se inverte apenas em Santa Catarina e no Distrito Federal, como mostra levantamento feito pelo Poder 360, com base em dados de julho disponíveis no Portal da Transparência.
Fonte: Exame