Setenta e nove cadeiras vazias com balões vermelhos homenagearam, nesse domingo (30 de agosto), as vítimas de Covid-19 em Montes Claros, no Norte de Minas. A ação ocorreu na Praça da Catedral, no centro da cidade.
De acordo com a psicóloga Franciely Soares Queiroz, uma das organizadoras, o ato simbólico teve como objetivo prestar uma reverência à vida daqueles se foram, reivindicar a história singular de cada um diante da pandemia e prestar solidariedade aos familiares e amigos.
“O principal objetivo foi de homenagear as vidas interrompidas pelo Covid-19 e sensibilizar a comunidade montes-clarense a olhar para este momento histórico, com mais humanidade, solidariedade e responsabilidade”, explica.
O ato consistiu na exposição de 79 cadeiras vazias no centro da cidade, fazendo referência ao número de mortes ocorridas no município, divulgadas até o momento.
“A nossa intenção foi de causar o estranhamento na população. E quando terminamos de montar as cadeiras, foi um espanto. Imaginar que cada cadeira representava uma pessoa. Os nomes simbólicos foram utilizados no intuito de sair da questão numérica e olhar questão humana, para permitir que fosse possível sentir que cada um dessas pessoas fazem falta no mundo”, afirma.
A psicóloga Franciely ainda destaca que a ideia surgiu durante um grupo de estudo, mas o ato coletivo foi realizado quanto cidadãos. “Nós entendemos a necessidade olhar para as vítimas não apenas como números divulgados na mídia, mas sim como pessoas; resgatar as histórias de vidas por trás de cada número”, conta.
O ato foi organizado pelo grupo GEPPSI de Montes Claros que reúne profissionais e estudantes da psicologia e contou com a parceria de artistas com apresentações musicais e teatrais.
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