O maestro januarense Benito Juarez morreu na madrugada desta segunda-feira (3 de agosto), em São Paulo aos 86 anos de idade. A informação foi divulgada pelo filho dele, André Juarez, em uma rede social.
Juarez nasceu em Januária, no Norte de Minas em novembro de 1933. Ele Iniciou na música por meio do canto coral e da viola. Formou-se na Escola Livre de Música de São Paulo e no Curso de Formação de Professores, mantido pelo governo do estado de São Paulo, antes de seguir para Salvador, onde estudou com H.J. Koellreutter e foi membro da Orquestra Sinfônica da Bahia.
De volta a São Paulo, passou a integrar o Movimento Villa-Lobos, dedicado à formação de maestros pelo interior do estado. Benito Juarez foi um dos fundadores do Instituto de Artes na Unicamp, na década de 1970, quando era apenas o Departamento de Música da Universidade. Também foi um dos idealizadores do curso de Música Popular Brasileira (MPB), primeiro no Brasil e único oferecido em universidade pública no Estado de São Paulo (USP).
O maestro foi regente da Orquestra Sinfônica de Campinas por 25 anos e fez história ao reger o concerto pelas eleições diretas para Presidência da República, em 1984, convidado pelo Movimento Diretas Já.
Filho de Januária
A Prefeitura de Januária, por meio da secretaria municipal de Turismo e Cultura em nota, lamentou a morte de Benito Juarez, popularmente conhecido como “O maestro das multidões”.
“Neste momento de dor, solidarizamos com seus familiares, ratificando nosso voto de pesar pela grande perda deste filho da terra”, diz a nota.
O texto lembrou ainda a trajetória de Juarez e a importância dele para a popularização da música clássica e também pela valorização da música popular brasileira, além dos 25 anos em que ele foi regente da Orquestra Sinfônica de Campinas, no interior de São Paulo. O Maestro deixa cinco filhos e netos.
**Escrita pelo repórter Carlos Alberto Jr.