Amams pede bloqueio das rodovias para evitar chegada de pessoas com Covid-19 em ônibus clandestinos

A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS) e o deputado Zé Reis pediram ao Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) e ao Departamento Estadual de Estradas de Rodagens (DER-MG) o bloqueio do trafego de vans e ônibus clandestinos nas duas pontes dos rios das Velhas e do Jequitinhonha, nas rodovias BRs 135, 251 e 365, no Norte de Minas e ainda na rodovia que da acesso ao Vale do Jequitinhonha, na ponte sobre o rio Jequitinhonha, para impedir que transportem passageiros vindos de São Paulo e outras áreas com alta contaminação de coronavírus. O presidente Lara Batista Cordeiro mostrou aos dirigentes dos dois órgãos que o Norte de Minas tem 33 municípios com casos de Covid-19, grande parte trazidos por passageiros que vieram em ônibus clandestinos.

O Norte de Minas é o segundo maior entroncamento rodoviário do Brasil, pois é cortado por quatro rodovias federais. O fluxo é de aproximadamente 15.000 veículos pesados, que fazem a ligação Nordeste e Sudeste brasileiro, aproveitando as melhores condições da BR 251, que começa em Montes Claros e termina na BR 116, a tradicional rodovia Rio Bahia. O presidente Lara Batista explica que o crescimento dos casos de Covid 19 em São Paulo levou muitas pessoas do Norte de Minas que trabalhavam naquele Estado a retornar para sua terra natal, depois de perder o emprego em território paulista, com o isolamento social. Na semana passada, Ubaí teve o seu único caso de Covid confirmado a partir da vinda de uma moradora que estava em São Paulo.

O mesmo problema se repetiu em Espinosa, São João do Paraíso e inúmeras cidades. Isso levou alguns prefeitos a colocarem barreiras sanitárias nas entradas das cidades, com a expectativa de obrigar quem chegasse de locais com alta contaminação, a ficar de quarentena por sete a 14 dias ou mesmo serem monitorados pela Vigilância Epidemiológica. Porém, como esses ônibus trafegam de madrugada, para fugir da fiscalização, o trabalho fica comprometido. A AMAMS propôs então que o DEER  intensifique  a fiscalização a esse tipo de transporte em massa, indicando os locais onde se faça o bloqueio, para evitar a chegada destes ao Norte de Minas.

O Norte de Minas tem 13 mortes e 179 casos confirmados em 33 municípios. As mortes ocorreram  em Bocaiuva (1), Espinosa (3), Montes Claros (3), Pirapora (1), São Francisco (3), São Romão (1) e Varzelândia (1) e estão sendo investigadas uma morte em São Romão e outra em Várzea da Palma.

Os casos registrados  foram em Águas Vermelhas (6), Bocaiuva (3), Brasilia de Minas (7). Buenópolis (3) Capitão Enéas (7) Engenheiro Navarro (1) Espinosa  (2), Grão Mogol (1) Ibiaí (1), Icaraí de Minas (1), Itacarambi (1),  Janaúba (20), Januária (2), Joaquim Felício (1) Lassance (1) Mamonas (1), Matias Cardoso (2), Mirabela (1) Montalvânia (2), Monte Azul (5), Montes Claros (49), Ninheira (1) Nova Porteirinha (1), Pirapora (12), Porteirinha (4), Riachinho (1), Riacho dos Machados (1), São Francisco (27), São João do Paraíso (1). São Romão (2), Ubaí (1), Várzea da Palma (10) e Varzelândia (1).

Fonte: Ascom AMAMS