O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), através de seu Centro de Competência em Manufatura (CCM), disponibilizou no portal do Instituto um guia de fabricação de equipamento de proteção individual (EPI) baseado em normas e regulamentações. O manual para produção de Face Shields consolida informações relevantes tanto para quem precisa quanto para quem quer contribuir na fabricação e doação dos equipamentos: dados de regulamentação e dicas de processo de impressão 3D. A iniciativa é um dos esforços no setor de engenharia para combater a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus.
O documento para produção do equipamento foi criado a partir de experiências de várias entidades participantes de uma rede colaborativa e possibilita que qualquer pessoa que possua uma impressora 3D possa contribuir com a produção do EPI. Embora os membros do ITA sejam vocacionados para os setores de aeronáutica, defesa e espaço, professores e ex-alunos do ITA lotados em empresas e parques tecnológicos têm buscado fornecer ferramentas úteis à sociedade para o enfrentamento da pandemia, como ressalta o Reitor da instituição, o Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia. “A universidade está colocando seus laboratórios e seus conhecimentos acumulados ao longo de décadas à disposição da sociedade brasileira no combate à Covid-19.”
O ITA é uma universidade pública subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), da Força Aérea Brasileira (FAB). O Diretor-Geral do DCTA, Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, falou sobre o trabalho de profissionais do Instituto no enfrentamento à COVID-19. “Disponibilizar os profissionais de engenharia do DCTA para o enfrentamento à Covid-19 dialoga com os nossos valores, pois mostra a atuação deles na área tecnológica, para a garantia da integridade do nosso território e do nosso povo”, disse o Major-Brigadeiro Potiguara.
Além disso, o CCM está em contato com instituições para produzir, por meio de impressoras 3D e manufatura aditiva, peças para respiradores em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e, com os órgãos certificadores competentes, acelerar o processo de homologação dos eventuais componentes fornecidos.
Unidades de tecnologia da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro também estão somando esforços para desenvolver soluções no fornecimento de EPIs a profissionais de saúde, militares e integrantes de outros setores que precisam atuar durante a pandemia. O Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CTecCFN), que tem um Laboratório 3D, e o SOS3DCOVID-19, uma parceria de profissionais civis que têm a expertise na fabricação, uniram-se para produzir máscaras de proteção para militares e civis.
Já o Instituto Militar de Engenharia do Exército (IME) atua com alunos, ex-alunos e professores de Engenharia Eletrônica, Mecânica e de Computação na confecção do equipamento em impressoras 3D do Laboratório de Robótica e Inteligência Computacional do IME, do Centro Tecnológico do Exército e em impressoras particulares.
Operação COVID-19
O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à Covid-19. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia e recebeu o nome de Operação COVID-19.
As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determina a melhor forma de atendimento.
*Fonte: Ministério da Defesa