O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (Sintect-MG), Robson Silva, divulgou um vídeo, nas redes sociais, cobrando providências após um servidor lotado em uma central de distribuição em Montes Claros, no Norte de Minas, testar positivo para Covid-19.
Segundo ele, a empresa nega colocar em quarentena os funcionários que tiveram contato com o servidor infectado pelo novo coronavírus, colocando em risco a vida dos colaboradores e seus familiares, além da população em geral atendida pelos Correios. O vídeo foi publicado nessa quarta (15 de abril).
“É um absurdo o que estão fazendo lá, é uma negligência da direção da empresa, porque existe uma orientação oficial da primeira hora do dia 24, no item 7, dessa orientação que diz: constatado positivo todos os trabalhadores da unidade devem ser colocados em quarentena para posteriormente realizarem os exames”.
O caso do servidor dos correios foi o terceiro confirmado da Covid-19 em Montes Claros. Segundo o boletim epidemiológico trata-se de um homem de 40 anos que cumpre isolamento domiciliar; ele fez exame em um laboratório particular da capital mineira e, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o estado dele é estável e o paciente segue sendo monitorado.
O que diz os Correios
O sindicato enviou um oficio para os Correios cobrando providencias, mas ainda não obtive retorno. Os Correios emitiu uma nota afirmando que está seguindo as determinações do Decreto presidencial que define os serviços postais como essenciais.
“A empresa está atenta à proteção de empregados e clientes, com protocolos operacionais e profiláticos já disseminados. As orientações da empresa relacionadas ao afastamento de empregados em casos suspeitos de Covid-19 permanecem válidas. A estatal está acompanhando a situação de saúde do empregado, prestando o apoio necessário, e também atuando para garantir o bom funcionamento das atividades operacionais”, diz a nota.
No texto, a estatal destaca que orientou os funcionais quanto aos cuidados básicos de higiene com uso de máscaras e a disponibilização do álcool gel. “Vale ressaltar que a autorização para trabalho remoto continua válida para todos os empregados que se enquadram nas condições previstas. Para aqueles que não estão neste grupo, a orientação é estabelecer o rodízio dos horários de expediente, de forma a garantir o funcionamento das áreas”.
