Em meio à pandemia, as redes sociais ganham força e proporcionam inovação

Um mapeamento recente feito pelo Sebrae mostrou que, além dos setores de construção civil, alimentação fora do lar, moda e varejo tradicional, e outros 10 segmentos estão entre os mais afetados pela pandemia da Covid-19 no Brasil. No total, mais de 12,3 milhões de negócios respondem por mais de 21,5 milhões de empregos. É neste cenário que entram em cena as mídias sociais, úteis neste momento para divulgação e promoção de trabalhos nos mais variados nichos.

Os shows que arrastavam milhares de pessoas para o Norte de Minas, por exemplo, estão cancelados até segunda ordem, mas para o que divertimento não acabe, a internet tornou-se aliada. Os eventos, agora, são realizados nas redes sociais.

Uma empresa do ramo, que promove atrações para região de MG, na intenção de manter o entretenimento, criou  “A Live in Casa – O show é por nossa conta”, que começou esta semana. O ao vivo com a dupla sertaneja Marcelo e Matteo na companhia da cantora Bárbara Lopes teve alcance de mais de 10 mil pessoas, dobrando os números nos dias seguintes.

“De forma geral, o mercado é o mais afetado. Estamos promovendo essas lives para o público se entreter, deixá-los alegres, porque não temos retorno econômico ou financeiro.  As pessoas já estão cansadas de estar em casa e de ouvir coisas ruins, fazemos isso tendo compromisso com o povo e o público”, falou do diretor de mídia, João Paulo Rigo.

Os setores de serviços educacionais, logística, transporte e tecnologia também foram impactados. Ao todo, reúnem uma massa salarial anual superior a R$ 238 bilhões, de acordo com o Sebrae. Em Montes Claros, o colégio Hg6 criou estratégias para driblar a situação negativa que, nas palavras do diretor de Marketing e sócio-proprietário da instituição, Danilo Martins surpreendeu todo mundo negativamente, sobretudo pelas vidas perdidas.

“Como o principal objetivo da escola é formar o cidadão, a presença física é importantíssima para o desenvolvimento de questões humanas. Entretanto, frente ao cenário exposto, os estabelecimentos educacionais não podem funcionar com suas atividades normais”, ressaltou.

O colégio, então, implantou aulas on-line a partir de lives no YouTube e no Instagram. Nesta mídia, foram disponibilizados PDF’s com atividades das matérias dadas pelos professores.

https://www.instagram.com/p/B-hTm3EAA4m/

“Apresentamos aos estudantes, mediante o uso do aplicativo de mensagem e do site, um cronograma de estudos para todos. Fizemos uma live para instruir pais e filhos a coordenar os estudos neste cenário. Cadastramos todos os nossos alunos em salas virtuais específicas de cada turma do colégio no app Google Classroom. Nestas salas, postamos videoaulas diariamente, conforme calendário pedagógico, e publicamos também trabalhos com questões abertas e fechadas das aulas assistidas, bem como propostas de redação”, acrescentou.

Inovação

Para não deixar a garotada distante do aprendizado neste momento de paralisação, a pedagoga Dayhane Cristina Oliveira passou a usar as plataformas digitais e manter o ensino a todo vapor.

“Trabalho com as artes na igreja há muito tempo a fim de levar a palavra de Deus às crianças de forma lúdica. Então, dado a necessidade desse momento de confinamento, resolvi unir o útil ao agradável, que era alcançar a atenção dos pequenos de forma lúdica e mais atrativa”, explica

Ela conta que no ano passado pediu para que fossem feitos dois fantoches nos quais seriam usado na aulas na Educação Infantil e descobriu que fazia bem o papel contadora de histórias. Além disso, acrescenta que o momento de confinamento é propício para inovar.

“Pra deixar salvo os vídeos, criei um canal para o Fantoche Caju, no intuito de que as crianças revejam quando quiserem. Chama-se Caju na quarentena. A aceitação dos pais e a participação está me surpreendendo.  As aulas ao vivo são na plataforma e em vídeo conferência, além de lives no insta dos colégios”, finaliza.

**Escrita pelo repórter Gian Marlon