Moradores de Várzea da Palma realizaram diversas reclamações nas redes sociais após uma poda drástica realizada na Árvore Gameleira que fica na ruína da Igreja Senhor Bom Jesus de Matozinhos em Barra do Guaicuí, distrito do município, no Norte de Minas.
Um vídeo que foi circulado nas redes sociais, nessa quarta-feira (24 de março), mostra o momento em que funcionários da prefeitura realizavam a poda da árvore histórica (veja o vídeo abaixo). Segundo os moradores, todas as copas foram cortadas e restaram apenas os troncos. Moradores criticaram a ação e questionaram o porquê da ação.
“Gente absurdo o que fizeram com o nosso cartão Postal, uma árvore histórica e centenária. Qual será o pronunciamento deles sobre isso? (sic)”, questionou um internauta.
Considerada como ponto turístico no Distrito de Guaicuí, há relatos que a igreja começou a ser erguida no século 17, mas nunca se soube explicar por que a obra não foi acabada.
O templo inacabado é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). O instituto estadual usou o depoimento de Richard Burton, um viajante que percorreu a região na década de 1860, como parte do conteúdo que justificou o tombamento.
O que diz a Prefeitura de Várzea da Palma
Por nota, o Departamento de Cultura da prefeitura de Várzea da Palma esclareceu, que a poda da Árvore Gameleira, foi realizada após diversas vistorias técnicas e, seguindo as orientações e a determinação do IEPHA-MG, responsável pelo tombamento estadual da Ruína, sendo considerado também um tombamento municipal.
“Uma vez que, são necessárias ações de preservação, informamos que depois de diversas análises, em face do conjunto de fatores, quais sejam: árvore de grande porte, copa da citada árvore adentrando à igreja, bem como, a presença de parasitas, foi constatado que estava havendo o comprometimento da estrutura da parede frontal da Igreja”, diz a nota assinada pela encarregada do Acervo Histórico Cultural do município, Eva Soares de Oliveira.
Ainda segundo a nota, nas vistorias foi verificado o afastamento de uma peça de madeira, cerno de aroeira, no lado esquerdo da construção e que as raízes empurravam para fora a travessa de cerno, o que poderia comprometer a estabilidade da parede. A ação foi feita a pelo técnico do Setor Cultural do Meio Ambiente visando garantir os efeitos da proteção sobre o bem cultural.
O texto divulgado ainda destaca que as ações é são a própria preservação e que são feitas por meio decretos de tombamento existentes, com manutenção feita pelo poder público Municipal.
**Escrita pelo repórter Gian Marlon