Cerca de 4 mil bares e restaurantes devem seguir orientações do decreto de emergência em Montes Claros

Cerca de oito mil empregados do setor de hotéis, bares e restaurantes em Montes Claros, por enquanto respiram aliviados. Apesar do decreto municipal, divulgado por causa do coronavírus, orientar mudanças que acarretarão na diminuição de atendimentos, o presidente do sindicato do setor Tarcísio Figueiredo, acredita em prejuízo mas descarta demissão em massa.

“Um certo prejuízo vai haver porque os bares deixarão de vender, o número de mesas e clientes, consequentemente, diminuirão. É preciso lembrar que as empresas têm despesas, impostos e empregados e não podem ficar sem renda. No entanto, por enquanto a situação não obriga a dispensa de trabalhadores”.

O artigo 8ª do decreto de estado de emergência é claro: os bares e restaurantes deverão incentivar atendimento através de entrega e, no atendimento presencial, respeitando a distância mínima de dois metros de cada mesa. Hebert Carvalho Moreira, Social Media de um bar e tabacaria que fica no Bairro Todos os Santos, afirma que o local já está se adequando as novas normas.

“O local completa um ano de vida no próximo dia 5 de abril e, inclusive, tínhamos uma festinha de aniversário agendada, mas será adiada em razão da pandemia. O estabelecimento passou a fornecer álcool em gel para todos os clientes e os colaboradores passaram a trabalhar com luvas. As mesas são higienizadas a cada entrada e saída de novos clientes e estamos nos esforçando para mantê-las a maior distância possível umas das outras”, diz.

Apesar do espaço ser em local aberto, o que garante a circulação do ar e de pessoas, o Social Media diz que o número de clientes foi menor na última segunda e terça-feira e, acredita, que a tendência é que continue abaixando durante os próximos dias. “O prejuízo capital é inevitável e um período obscuro nos aguarda pela frente, mas, nesse primeiro momento, não devemos focar nisso”, destaca.

Apesar de não haver nenhum caso confirmado da doença, na maior cidade do Norte de Minas, o Tarcísio Figueiredo, diz que os quase quatro mil estabelecimentos deverão se adaptar. “É uma medida essencial e momentânea e devemos torcer para que a situação não piore e se torne insustentável como em outros países”, finaliza.

Coronavírus em Minas Gerais

Até o momento, Minas Gerais tem 14 pacientes infectados pelo coronavírus, de acordo com a Secretaria de Saúde. Já o Ministério da Saúde (MS) contabiliza sete. Os números divergem por causa do aumento repentino nos casos.

Em todo o país são 350 casos confirmados pelas secretarias e 291, segundo o MS. Há ainda 8.819 casos suspeitos. Nesta terça-feira (17) foi confirmada a primeira morte por coronavírus, em São Paulo.

**Escrita pelo repórter Carlos Alberto Jr.