Nova assembleia para definir os rumos da greve na Rede Municipal de ensino de Belo Horizonte será realizada nesta quarta-feira (11 de março), às 14h. Os trabalhadores, no início da semana, decidiram manter a paralisação e, mais uma vez, não chegaram a um acordo com a prefeitura.
Na segunda-feira (9), cerca de 1.800 pessoas estiveram em uma assembleia com representantes do Comando de Greve, que durou aproximadamente quatro horas. Ainda na data, a secretaria de Planejamento Orçamento e Gestão da capital mineira enviou ao Sind-Rede uma nova proposta de alteração do Projeto de Lei 401, com alteração nos níveis de carreira dos educadores e retirando o artigo 41.
De acordo com sindicato, a proposta da prefeitura e insuficiente e classificaram como escandalosa a imposição para que não sejam realizadas mais greves. Já na terça, os trabalhadores em paralisação participaram de audiência pública na Câmara municipal e cobraram o pagamento do piso e a perseguição ao movimento.
A reivindicação é sobre o reajuste salarial, que segue o que é estabelecido pelo Piso Nacional da Educação, cerca R$ 2.886,24.
Acordo anterior
Em contrapartida, a prefeitura repousa sob o acordo entre as partes realizado em 2019. Frente ao documento, a categoria teria concordado e colocado fim nas negociações para aumentos no ano passado e em 2020, com reajuste de 7,2%, em duas parcelas, a serem pagas em janeiro e dezembro deste ano, bem como ganho de dois níveis na carreira do Professor da Educação Infantil.
A Prefeitura fará representação, nesta quarta, junto ao Ministério Público de Minas Gerais para apuração de crime de desobediência contra o Sindicato que representa os docentes. Acionará o MP também para que eles retornem às aulas.
Unimontes
Em Montes Claros, a Reitoria da Unimontes recebeu um comunicado oficial da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) que, em 27 de março, receberá a representação sindical dos professores da Universidade.
Na ocasião, a discussão sobre a possibilidade de cumprimento do acordo pós-movimento de greve, deflagrado em 2016 e 2018. A proposta de incorporação da Gratificação de Desempenho da Carreira de Professor de Educação Superior (GDPES) e do “pó de giz” ao vencimento básico estão entre os assuntos discutidos na pauta.