Cemig e Polícia Civil combatem o furto de energia em Montes Claros

A Cemig e a Polícia Civil intensificaram o combate ao furto de energia em Montes Claros. Desde janeiro de 2020, a companhia detectou mais de 8 mil irregularidades no município. Atualmente 12 processos de criminalização de fraudadores estão em andamento na cidade. 14 novos peritos e delegados estão sendo treinados para ajudar a coibir o crime.

De acordo com o gerente de Medição e Perdas da Cemig, Luiz Renato Fraga Rios, outra medida que tem ajudado a combater as fraudes é a instalação de medidores inteligentes que emitem alarmes em tempo real para o Centro Integrado de Medição da companhia, em caso de intervenções fraudulentas nos aparelhos.

“Os principais objetivos deste trabalho são reduzir o prejuízo repartido entre a sociedade e a empresa e conscientizar a população sobre o furto de energia  e suas conseqüências. A ideia é acompanhar ainda mais de perto eventuais inconsistências de faturamento, fortalecendo as evidências do crime e até mesmo identificar flagrantes nas unidades, para a atuação da Polícia Civil”.

O furto de energia pode gerar conseqüências criminais, jurídicas e financeiras para quem faz esse tipo de ligação irregular no medidor, no padrão de energia ou na rede de distribuição de energia elétrica.

“Essa prática é um crime previsto no Código Penal, no artigo 155, que estipula pena de até oito anos de reclusão e multa, além da obrigação de ressarcimento da energia furtada e não faturada, de forma retroativa. Além desse artigo, alguns juízes enquadram esse crime no artigo 171, que trata do estelionato”, afirma.

A tarifa dos consumidores mineiros poderia ser mais barata se não houvesse ligações irregulares e clandestinas na área de concessão da Cemig. Segundo o gerente, o prejuízo é compartilhado entre a Companhia e a comunidade.

“É como se fosse um condomínio com dez moradores, e um deles não pagasse corretamente. A taxa fica mais alta para os nove que pagam corretamente. Além das perdas financeiras, esse delito causa transtornos à população, pois sobrecarrega a rede de distribuição, compromete a qualidade do fornecimento de energia e ameaça a segurança”, finaliza.