Morreu na madrugada desta segunda-feira (2 de março) em Montes Claros, quase aos 89 anos, a professora de música Maria José Colares de Araújo Moreira, mais conhecida como Zezé Colares. Segundo a família, ela tinha alzheimer e estava internada há uma semana na Santa Casa de Montes Claros e morreu por causas naturais.
Ela completaria 89 anos no próximo dia 24. O velório acontece nesta manhã no Centro Cultural Hermes de Paula, com sepultamento no fim do dia, no cemitério do Bonfim e o horário ainda não foi confirmado.
Entre os seus feitos, Zezé, em 20 de maio de 1968, fundou o Grupo Folclórico Banzé, que é uma associação sem fins lucrativos, cuja atuação fundamenta-se na pesquisa, preservação e difusão das tradições culturais e folclóricas de diversas regiões do Brasil e, em especial, do Norte de Minas Gerais.
Desde a sua criação o grupo visa estimular as pessoas a conhecerem mais o folclore e a história da música. Pelas redes sociais o Banzé lamentou a grande perda.
Junto com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Zezé Colares teve a iniciativa de criar o CTM/ Centro Tradições Mineiras – Museu do Folclore, que foi inaugurado em 12 de agosto de 1993, como uma extensão da Faculdade de Educação Artística e que abrigou durante anos todo o acervo histórico do grupo e a identidade das tradições do Norte de Minas.
Grupo Banzé
O movimento surgiu através do gesto inovador da professora Maria José Colares Moreira, que organizou com seus alunos do Conservatório Lorenzo Fernandez trabalho de pesquisa de danças e músicas folclóricas, transformando-as em espetáculos. O grupo – que, inicialmente, chamava-se “Bandinha da Zezé” – tornou-se um grande divulgador das tradições e da cultura brasileira.
O empenho de seus integrantes e da preocupação em garantir a autenticidade das manifestações, os espetáculos foram ganhando, paulatinamente, ano após ano, repercussão e notoriedade nacional e internacional, o que levou o Grupo Banzé a ser representante brasileiro em festivais culturais por diversos países como: Polônia, Bélgica, França, Itália, Suíça, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Portugal, Holanda, Áustria, Argentina, Peru dentre outros.
Ao longo dos seus mais de 50 anos de atuação, marcados pelo trabalho voluntário de seus dançarinos, diretores e músicos, o Banzé conservou a mesma filosofia, promovendo a integração artística do povo com o seu folclore e as suas raízes.
*Com informações da ALMG